5 tratamentos bizarros para doenças mentais

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Até não muito tempo atrás, as doenças mentais não eram compreendidas, sendo muitas vezes atribuídas a possessões de demoníacas ou espíritos malignos.

Na busca para solucionar casos extremos, muitas técnicas absurdas foram testadas. Muitas vezes, ao invés de uma cura, o paciente acabava morrendo.

Conheça 5 tratamentos bizarros que eram usados para tratar doenças mentais e que hoje são tidos como absurdos:

1 – Trepanação

trepanacao

Trata-se de abrir um ou mais buracos no crânio com uma broca.

Esta técnica era aplicada em manicômios, pois se acreditava que dessa forma os demônios e espíritos do mal responsáveis pelas alucinações iriam sair do corpo pelo buraco criado. Muitas vezes, essa técnica acabava causando a morte do paciente.

Na medicina moderna, a trepanação é usada para drenar hematomas ou inserir um cateter cerebral.

2 – Lobotomia

lobotomia

A lobotomia é uma intervenção cerebral em que são cortadas vias que ligam os lobos frontais ao resto do cérebro.

Esta técnica era usada em casos graves de esquizofrenia, pois fazendo isso, a pessoa fica em um estado de baixa atividade emocional. É como se as emoções fossem desligadas.

Essa técnica rendeu ao neurologista português Antônio Egas Moniz o Prêmio Nobel de Medicina do ano de 1949.

A lobotomia foi usada pela primeira vez em 1935 e passou a ser praticada em vários países em pacientes com comportamento psicóticos e violentos.

A técnica devia ser o último recurso, mas entre as décadas de 1940 e 1950 passou a ser usada em grande escala em hospitais psiquiátricos.

Como efeito colateral era que a pessoa ficava totalmente apática e passava a ter uma vida quase que vegetativa.

Com os avanços de medicamentos, a lobotomia deixou de ser usada.

3 – Mesmerismo

mesmerismo

A técnica desenvolvida pelo médico Franz Anton Mesmer, no Século XVII consistia em aliviar transtornos mentais a partir de imãs que eram passados pelo corpo do paciente.

O médico dizia aos seus pacientes que esse tratamento fazia os fluidos do corpo serem magnetizados, pois ele disseminava a ideia de que as doenças mentais eram causadas pelos desequilíbrios desses fluxos.

Na verdade, a técnica não passava de picaretagem, e se baseava no poder da sugestão e no efeito placebo, que é um efeito psicológico que pode resultar em efeitos físicos.

4 – Infecção por malária

malaria

Acreditava-se que a febre alta e convulsão causada pelo Plasmodium vivax, transmissor da malária, pudesse melhorar quadros psiquiátricos.

Dessa forma, o psiquiatra austríaco Julius Wagner-Jauregg passou a tratar seus pacientes com problemas mentais com essa técnica.

Para testar, o médico injetou sangue contaminado com o vírus da malária em nove pacientes com demência causadas por sífilis em estado avançado. O resultado fez com que o psiquiatra ganhasse o Prêmio Nobel em 1927.

Com o desenvolvimento da indústria farmacêutica, este método deixou de ser utilizado.

5 – Choque insulínico

choque-insulinico

Este tratamento surgiu a partir de um acidente.

Em 1927, o neurologista e psiquiatra polonês Manfred Sakel aplicou uma dose exagerada em uma paciente diabética que sofria de transtornos mentais.

A mulher entrou em coma, mas quando retornou a consciência teve uma melhora significativa.

Assim, esse tratamento passou a ser aplicado em pacientes com diversas doenças psíquicas, em especial esquizofrenia.

A técnica passou a ser usada em todo o mundo, mas entrou em desuso por ser extremamente perigosa e ter se mostrado uma solução temporária às doenças mentais.

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