Cientistas afirmam ter provas de que eleições dos EUA foram fraudadas

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Todos nos lembramos que nossas eleições presidenciais, de 2014, deram o que falar, por conta das acusações de manipulação. Agora o assunto deve se estender também para o pleito americano deste ano: um grupo de cientistas de computação e especialistas em direito eleitoral alegam que o resultado pode ter sido fraudado.

Esse grupo pede para que a candidata derrota do Partido Democrata, Hillary Clinton, peça a recontagem de votos em três estados considerados chave: Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. Ao todos, eles possuem um total de 46 delegados, número considerado significativo para decidir as eleições americanas.

Vale lembrar que a eleição americana é indireta, ao contrário da nossa. Para que o candidato seja eleito, ele precisa conquistar a maioria dos delegados de cada estado do país. Clinton terminou o pleito com 233 delegados, enquanto que o vencedor Donald Trump conseguiu 290 delegados. O número considerado mínimo para vencer é de 270.

Motivos da suposta manipulação

De acordo com o grupo que defende esta ideia, entre eles o diretor do Centro de Segurança da Computação e Sociedade da Universidade de Michigan, o resultado no estado americano apresentou um tendência considerada “questionável”. O motivo é que a ex-secretária de estado do governo de Barack Obama registrou desempenho pior em condados nos quais a votação é eletrônica em relação a aqueles fazem o voto em células de papel ou leitores ópticos.

Segundo os cientistas, que ainda não se manifestaram oficialmente sobre o assunto, isso já seria o suficiente para indicar que o sistema eletrônico de alguns locais de votação foi alvo de interferências externas.

Vale lembrar que nas pesquisas eleitorais, Clinton estava a frente de Trump nestes três estados. O candidato republicano acabou vencendo, mas por uma margem bem apertada.

Partido também pedirá recontagem

Pouco lembrado nas eleições americanas, por ser pequeno comparado aos republicanos e democratas, o Partido Verde também irá pedir a recontagem de votos. A equipe da candidata Jill Stein disse já ter arrecado US$ 2,5 milhões para cobrir os custos da recontagem no estado de Wisconsin. A sigla pretende arrecadar mais US$ 2 milhões para fazer o mesmo em Michigan e na Pensilvânia.

O partido também acredita que os sistemas eletrônicos de votação nesses estados são vulneráveis a fraudes e ataques de hackers. E garantem que a ação não é para ajudar a candidata democrata: “nosso esforço para recontar os votos nesses estados não tem o objetivo de ajudar Hillary Clinton. Nós merecemos eleições em que possamos confiar”, disse o partido.

E qual é o posicionamento de Hillary Clinton?

Até o momento, a candidata derrotada ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Mas o grupo que faz a acusação de fraude já entrou em contato com a equipe de campanha de Clinton para enviar um documento as autoridades federais, pedindo oficialmente a recontagem.

Se Hillary Clinton realmente optar pela tática, ela terá de correr: o prazo para pedir a recontagem de votos nos três estados está terminando.



Texto por Augusto Ikeda, edição por Igor Miranda
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