E Se Jupiter Colidir com Netuno

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Nosso sistema solar primitivo era um lugar violento. Há centenas de milhões de anos atrás, grandes planetóides esmagavam-se uns com os outros, formando planetas cada vez maiores. Este mesmo processo está acontecendo em outros sistemas estelares agora. Na verdade, os astrônomos descobriram um sistema onde um objeto do tamanho de Netuno e um objeto do tamanho de Júpiter podem ter colididos. “Eita”!

Este planeta recém-descoberto orbita uma anã marrom com 25 vezes a massa de de Jupiter, localizado a cerca de 170 anos-luz de distância da Terra. Os modelos de computador mostram que a anã marrom é muito jovem, provavelmente apenas 8 milhões de anos. Isto significa que o seu companheiro planetário deve ser a mesma idade.

E é por isso que acredita-se que é o planeta é o resultado de uma colisão maciça. Na sua idade atual, o planeta deveria ter arrefecido até uma temperatura de cerca de 1000 graus Kelvin. Mas observações recentes mostram que ele tem realmente por volta de 1600 Kelvin. Então, alguma coisa o aqueceu.

Isso é algo que poderia ter sido uma colisão planetária.

“A maioria, se não todos os planetas do nosso sistema solar foram atingidos no início de sua história. Uma colisão criou a nossa Lua e bateu no lado de Urano”, explicou Eric Mamajek, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica.

“É muito provável que grandes colisões aconteçam em outros sistemas planetários jovens.”

Um objeto deste tamanho deve irradiar calor ao longo de 100.000 anos, então essa colisão deve ter acontecido há relativamente pouco tempo.

É uma possibilidade muito emocionante, mas existem algumas possibilidades mais conservadores também. Outros astrônomos propuseram que o companheiro planetário é realmente muito menor, apenas do tamanho de Saturno. Por isso, teria uma área de superfície menor que irradia toda a energia detectada.

Se esta técnica funciona, os astrônomos só poderiam medir a temperatura dos planetas em sistemas estelares jovens, e calcular quanto tempo passou desde que eles foram impactados.

“Planetas quentes, pós-colisão, podem ser uma nova classe de objetos que iremos ver com o Telescópio Gigante de Magalhães.”

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