Empresa lança plano para quem quer se mudar para Marte

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A mudança da humanidade para Marte já é considerada por alguns cientistas. Há quem diga que seja, sim, possível habitar o país vermelho – após algumas adaptações, é claro.

A ideia de levar pessoas para Marte, bem como a outros planetas do Sistema Solar, tem o objetivo de fazer com que a humanidade dure por mais tempo. É fato que, em algum momento, seremos extintos: se até o Sol tem “data de validade”, por que nós não teríamos?

Já existe um plano para quem quer se mudar para Marte. Ele foi desenvolvido pela empresa SpaceX, de Elon Musk, e apresentado durante o Congresso Astronômico Internacional deste ano. No momento, os valores são o principal entrave: estima-se que a viagem, hoje, custe US$ 10 bilhões por pessoa.

Por outro lado, Elon Musk diz que quer abaixar os custos de ir para Marte. A ideia é que, em algum momento, a viagem passe a custar US$ 200 mil – o preço de uma casa nos Estados Unidos, em média. O valor pode cair ainda mais a partir do momento em que o traslado se tornar mais frequente.

Outro fator interessante pensado pela SpaceX é o transporte de muitas pessoas de uma vez só. A empresa tem desenvolvido uma nave capaz de levar 550 mil toneladas – entre 100 e 200 pessoas, contando também com equipamentos e bagagens. A expectativa é que a viagem dure cerca de 100 dias.

O que fazer para abaixar o preço

A redução de US$ 10 bilhões para US$ 200 mil é bem drástica. O valor almejado por Elon Musk é 50 vezes menor que o preço real.

No entanto, segundo o empresário, há três medidas que podem ser tomadas para que uma viagem do tipo seja mais barata. O primeiro é o reaproveitamento do equipamento. Como naves e foguetes auxiliares não podem ser utilizados novamente, isso encarece o processo.

As outras medidas dizem respeito aos combustíveis. Precisa-se de um grande volume para ir até Marte. A ideia, então, é fazer com que naves sejam reabastecidas em órbita: um foguete auxiliar traz o “tanque” até as proximidades da Terra, recarrega e volta à nave para a próxima etapa.

Além disso, ainda não se sabe qual é o combustível ideal para ir à Marte. O hidrogênio seria a melhor opção, mas é instável e caro. A SpaceX aposta, agora, no metano (CH4) em temperaturas baixas – barato, reutilizável e poderia ser produzido no planeta vermelho, já que lá há a matéria prima, que é gelo e gás carbônico.

Expectativa

Com todo esse planejamento, Elon Musk prevê que, depois da primeira aterrissagem, demoraria entre 40 a 100 anos para que a primeira civilização humana em Marte. A proposta é que, após as primeiras viagens, sejam lançadas mais de mil naves a cada dois anos, com cerca de 200 pessoas em cada.

O problema é que ainda é um desafio sobreviver em Marte. Problemas relacionados a temperatura, atmosfera e subsistência ainda não foram solucionados. Musk diz, por sua vez, que a SpaceX tem se preocupado em desenvolver soluções para transportar as pessoas até lá. O que fazer no planeta vermelho já é outra conversa.

Veja a apresentação de Elon Musk durante o Congresso Astronômico Internacional (em inglês, sem legendas e a partir de 20min50seg do vídeo):



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