Nasa enviará nave para mergulhar nas profundezas do Sol

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A Nasa está a um passo de iniciar sua missão que tem como plano “tocar” o Sol. Na semana passada, a empresa anunciou que a missão Solar Probe Plus (que tem como objetivo lançar uma sonda espacial para orbitar a estrela gigante), tinha alcançado um grande marco, mantendo-a no caminho certo para um lançamento, previsto para 2018.

A missão Solar Probe Plus irá começar com o lançamento de uma nave espacial que irá completar 24 órbitas no Sol. Logo após a sonda completar sete sobrevôos em Venus, para conseguir ficar cada vez mais perto, ela irá mergulhar na atmosfera exterior do Sol.

As três órbitas mais próximas ficam a pouco menos de 6,4 milhões de quilômetros da superfície do Sol – que é sete vezes mais perto que qualquer nave espacial já tenha chegado.

Solar Probe Plus

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A Solar Probe Plus irá explorar a atmosfera ou corona exterior do Sol, que se estende para o espaço – a última região do sistema solar a ser visitado por uma nave espacial.

A missão irá visitar o corona solar, que é um uma especie de anel bem próximo da superfície do Sol. A missão poderá revolucionar nosso conhecimento e compreensão sobre o aquecimento coronal e sobre a origem e evolução do vento solar, além de responder várias perguntas sobre a física no local, que foram classificadas como prioridades há décadas.

Quando estiver perto do Sol, a sonda terá de enfrentar 500 vezes mais intensidade solar do normalmente uma nave espacial em órbita da Terra enfrenta.

De acordo com a Nasa, a sonda irá coletar dados sobre a atividade solar, o que ajudará os cientistas a preverem grandes eventos no espaço, como por exemplo, explosões solares que impactam diretamente a vida na Terra. Estas explosões solares ou erupções de radiação de alta energia vinda do Sol, podem danificar satélites e linhas de energia.

O objetivo primário da Solar Probe Plus é rastrear o fluxo de energia a partir da corona solar, afim de compreender melhor o aquecimento do Sol. A missão também vai investigar como ventos solares (fluxos de partículas carregadas e energéticas que fluem do Sol) são acelerados.

Investigando o ‘buraco’ no Sol

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Tempos atrás, a Nasa divulgou imagens de um ‘buraco’ negro que estava crescendo na superfície do Sol. Com a missão Solar Probe Plus, a Nasa também espera investigar características desse tipo no Sol, que podem produzir tempestades solares que são perigosas para todos os tipos de objetos eletrônicos na Terra. Os cientistas temem que uma grande explosão no Sol poderia enviar toda nossa civilização de volta à Idade das Trevas.

Essa área escura na parte superior do sol é chamada de buraco coronal, uma região no sol, onde o campo magnético é aberto ao espaço interplanetário. Um buraco coronal é uma região com baixa densidade atmosférica, que é conhecidas como corona. Como ele contêm pouco material solar, ele têm uma temperatura mai baixa e, portanto, ele parece muito mais escuro do que os seus arredores. Os buracos coronais só são visíveis em certos tipos de luz ultravioleta extrema, que normalmente é invisível aos nossos olhos.

Os cientistas veem sonhando com uma missão como esta há pelo menos 60 anos, e com a tecnologia de hoje, finalmente esse tipo de missão irá acontecer.

A sonda vai levar instrumentos que permitam aos cientistas estudarem os campos magnéticos, partículas energéticas e o plasma, assim como também o vento solar de alta velocidade. Este vento que é proveniente deste buraco coronal, cria uma tempestade geomagnética proximo da Terra, que resulta em várias noites de aurora.

Um escudo de composto de carbono que tem 11,5 centímetros de espessura irá proteger a sonda de temperaturas escaldantes do Sol, que podem chegar a quase 1.371 graus Celsius. Com este escudo, o interior da nave, incrivelmente, manterá a temperatura ambiente.

A Solar Probe Plus é uma verdadeira missão de exploração. A sonda irá observar a velocidade do vento solar ir do subsônico ao supersônico, e ela vai voar através do local de origem das partículas solares de mais alta energia.

Ainda assim, como acontece com qualquer grande missão de descoberta, é bem provável que a Solar Probe Plus gere mais perguntas do que respostas.



fonte: businessinsider
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