Robô da IBM substitui 34 funcionários de empresa no Japão

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O famoso filme Tempos Modernos, lançado em 1936 pelo cineasta e ator Charlie Chaplin, tinha como uma de suas críticas a substituição de máquinas no lugar de homens para a execução de trabalhos. Agora, é a vez dos robôs fazerem isso. E desta vez, quem sentiu os efeitos na pele foram os funcionários de uma empresa de seguros no Japão.

O robô em questão é o Watson, da empresa IBM, que na realidade se trata de software de análise de dados com inteligência artificial. Ele consegue ajudar gestores de empresas a tomarem decisões, entre outras coisas. Além disso, ele tem a capacidade de “pensar” como um ser humano e interpreta textos, aúdios, imagens e vídeos.

Por conta do Watson, 34 funcionários da Fukoku Mutual Life Insurance Company perderão seus empregos até o mês de março, de acordo com o jornal local Mainichi Shimbun. O programa será responsável por ler documentos médicos e determinar pagamentos com base em ferimentos, históricos e processos médicos.

Economia de US$ 1,1 milhão

(Foto: Flickr)
(Foto: Flickr)

Por conta da implementação do Watson, a empresa espera poupar até US$ 1,1 milhão por ano com a demissão destes 34 funcionários. O investimento inicial da empresa é de US$ 1,7 milhão, com manutenção anual de US$ 128 mil.

Além disso, a Fukoku Mutual Life Insurance Company já utiliza inteligência artificial para analisar as ligações para seu call center, para identificar a linguagem de seus clientes entre positiva e negativa.

Outras empresas do país já fazem uso do software, como a Dai-ichi Life Insurance Co., que também é do ramo de seguros. O Watson é responsável por fazer a avaliação de pagamentos, mas ao contrário da rival, a companhia, por enquanto, não demitiu funcionários. O serviço postal japonês deve implementar o programa até o mês de março.

Enxurrada de demissões

demissão

Com a presença cada vez mais constante de programas e softwares para realizar nossas tarefas, o Fórum Econômico Mundial acredita que a inteligência artificial pode eliminar aproximadamente sete milhões de empregos nas 15 maiores economias do mundo pelos próximos anos.

Se há um lado bom nesta história, é que muitos acreditam que os robôs fiquem responsáveis por realizar trabalhos considerados repetitivos, enquanto que os humanos teriam mais tempo para tarefas mais “humanizadas”.

Texto por Augusto Ikeda, edição por Igor Miranda.
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