5 expressões populares que tiveram origem na escravidão

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Muitas das expressões que utilizamos no nosso dia-a-dia nós não fazemos a mínima ideia de onde elas surgiram. Há algum tempo atrás, o Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) fez uma pequena lista com expressões que tem origem no período da escravidão no Brasil.

Veja abaixo algumas delas:

1) Tem caroço nesse angu

A expressão, utilizada para indicar quando alguém está escondendo algo, surgiu por conta de um truque utilizado pelos escravos para se alimentar melhor. Eles costumavam comer uma porção de angu de fubá e a escrava que costumava servir a refeição conseguia dar um jeito de esconder um pedaço de carne ou torresmo no meio do angu. A expressão surgiu por conta de um comentário de um escravo, que suspeitou do prato de um colega.

2) Nas coxas

Ainda não há muita certeza se a expressão que significa fazer algo mal feito ou sem capricho surgiu no período da escravidão. Mas a explicação mais aceita é que ela foi cunhada por conta dos escravos moldarem telhas em suas coxas. Por conta de terem tamanhos e formatos irregulares e diferentes, nunca se encaixavam direito.

3) Espírito de porco

Apesar de toda a fama do animal, a expressão surgiu por conta de princípios religiosos. A questão é que muitos escravos se recusavam, mas eram obrigados a matar porcos para alimentação. Muitos acreditavam que o espírito do animal morto ficaria no corpo de quem o matasse pelo resto da vida.

4) Para inglês ver

Essa famosa expressão surgiu não apenas na época da escravidão, mas também pelo hábito brasileiro em aprovar leis que “não pegam”. 1830, a Inglaterra pediu para que o Brasil criassem uma lei para acabar com tráfico de escravos. Nosso país acatou o pedido, mas sabia que as leis não iam pegar por aqui – e de fato não pegaram -. Por isso, criaram a alcunha “para inglês ver”.

5) Meia tigela

A expressão que significa algo sem valor ou medíocre, surgiu principalmente nas minas de ouro em que os escravos trabalhavam. Quando ele não conseguia preencher o “bucho” da mina com ouro, ele ganhava apenas meia tigela de comida. E quando isso acontecia com frequência, ele ganhava o apelido de “meia tigela”. Mas essa restrição à comida se estendia também para outras tarefas.

Texto por Augusto Ikeda, edição por Igor Miranda.
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