Acidente com acelerador de partículas poderia esmagar a Terra; entenda

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Um renomado cientista britânico deu uma declaração polêmica em um livro, onde ele diz que um desastre com algum acelerador de partículas pode ser mais do que fatal. Segundo ele, os riscos de algo de errado acontecer são pequenos, mas existem. E não se trata de algo simples: todo o planeta Terra ou até mesmo todo o espaço estariam em perigo caso algo inesperado acontecesse.

No livro On The Future: Prospects for Humanity (No Futuro: Prospectos para a Humanidade, em tradução livre), o cosmologista Martin Reiss lista algumas possibilidades bem macabras que poderiam resultar de experiências em um acelerador de partículas. A primeira e mais óbvia delas é uma das mais terríveis: um buraco negro poderia surgir e sugar tudo ao seu redor, incluindo a Terra e talvez até o Sistema Solar.

Mas essa não é nem de longe a única hipótese de Reiss. Outra delas diz que os quarks acelerados poderiam se reorganizar em partículas conhecidas como “strangelets”, que ao entrar em contato com a matéria, alterariam sua composição e aumentariam sua densidade. Sendo assim, em um piscar de olhos a Terra poderia ser esmagada dando lugar a uma esfera extremamente densa, com um diâmetro do tamanho de um campo de futebol.

E acredite ou não, a segunda hipótese não é a pior. Reiss afirma ainda que um acelerador de partículas poderia criar um “rasgo” no vácuo, danificando o espaço por si só, o que poderia resultar em um colapso do universo.

Exagero?

O livro de Martin Reiss pode nos fazer pensar que o futuro é sombrio, mas há quem acredite que aceleradores de partículas são seguros, como é o caso da equipe do LHC, o maior acelerador de partículas do mundo, localizado no CERN, na Suiça. “Qualquer coisa que o LHC fará, a natureza já fez várias vezes durante o tempo de vida da Terra e de outros corpos astronômicos”, diz um artigo no site do CERN.

Além disso, os especialistas do LHC lembram que as partículas strangelets não foram confirmadas até hoje, existindo apenas em teoria. Até mesmo o saudoso astrofísico Stephen Hawking não temia os aceleradores de partículas. “Colisões liberando grande energia ocorrem milhões de vezes por dia na atmosfera da Terra e nada terrível acontece”, disse o cientista.



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