Bactéria sobrevive um ano no espaço do lado de fora da ISS

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Pouca coisa consegue sobreviver no vácuo do espaço. Uma delas é uma bactéria que descobriu-se ter sobrevivido 1 ano do lado de fora da ISS, a Estação Espacial Internacional.

O que seria impossível para a grande maioria das formas de vida conhecidas acabou acontecendo sem maiores problemas, embora a bactéria tenha sofrido algumas modificações com o tempo.

A bactéria Deinococcus radiodurans, que pode ser encontrada em alguns alimentos a base de carne, foi levada para o espaço pela primeira vez em 2015, por astronautas japoneses.

Desde então, ela tem mostrado uma resistência acima da média e passou por seu maior teste até o momento, um ano exposta ao ambientes espacial.

Sua única proteção era um vidro que bloqueava certas frequências de raios ultravioleta. Mas mesmo assim, ela foi exposta a todas as variações bruscas de temperatura e a ausência de qualquer tipo de atmosfera.

De volta a Terra, as bactérias que ficaram no espaço foram comparadas com uma amostra comum e os cientistas analisaram o que mudou. Aparentemente, o esforço para continuar vivendo foi grande.

As D. radiodurans que ficaram no espaço acabaram desenvolvendo um tipo de “protuberâncias” em sua camadas externa, que os cientistas acreditam ser fruto de mecanismos de defesa e autopreservação.

As alterações causadas pela exposição ao vácuo ainda estão sendo estudadas, mas os resultados são animadores quando pensamos em longas viagens pelo espaço.

Vida lá fora

Para um ser humano sem o equipamento necessário, a vida no vácuo espacial duraria muito pouco. Em cerca de 15 segundos, o ar seria expelido dos pulmões e a pessoa perderia a consciência, com os órgãos parando de funcionar ainda no primeiro minuto.

Com a maioria dos animais, isso aconteceria de forma similar. Mas a bactéria D. radiodurans não é a única a conseguir se manter viva nesse ambiente.

Tardígrados, ou ursos d’água, são animais microscópicos que conseguem sobreviver ao vácuo do espaço.

Eles possuem recursos que fazem com que seus corpos “desliguem” e entrem em um estado sem nenhuma atividade biológica, suportando assim condições adversas.Basta que sejam hidratados para voltar a viver normalmente.



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