10 maneiras de ficar mais doente em um hospital

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Todos nós sabemos que os hospitais não são muito confiáveis. Todos os dias, milhares pessoas morrem no mundo devido aos maus cuidados em que são submetidos, seja na alimentação, nas condições do hospital e nos próprios agentes da saúde, como médicos e enfermeiros. Uma pesquisa feita pela Fiocruz revelou que até 73% dos erros que ocorrem em hospitais brasileiros poderiam ser evitados.

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Confira as 10 maneiras de ficar ainda mais doente em um hospital

 

10. Síndrome Pós-Hospitalização

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Dr. Harlan Krumholz da Yale School of Medicine tem inventado o termo “síndrome pós-hospitalização” para identificar um período temporário durante o qual os pacientes são suscetíveis a uma doença após ficarem em um hospital. Isso exige sua readmissão dentro de 30 dias após sua alta inicial.

A causa da readmissão varia de uma infecção adquirida no hospital (HAI), estresse vivenciado durante a hospitalização, privação de sono durante a internação, falta de nutrição ou exercício, diminuição do funcionamento do sistema imunológico e depressão. Pesquisas realizadas em 2009 mostraram que, entre os pacientes do Medicare (sistema de seguros de saúde para pessoas com idade de 65 anos ou superior), 2,6 milhões dos que foram liberados (20 por cento) foram readmitidos no hospital no prazo de um mês de sua alta.

9. Erros na comida

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Um estudo da Pennsylvania Patient Safety Authority concluiu que, entre janeiro de 2009 e junho de 2014, o pessoal do hospital cometeu 285 erros relacionados com as refeições dos pacientes – 181 estavam relacionados a alergias – devido a erros gráficos e erros de comunicação.

Em um caso, deram peixe para um paciente com alergia a frutos do mar, ele teve de ser “injetado com epinefrina, e dado vários medicamentos intravenosos”, e transferido para uma unidade de cuidados intensivos para observação.

Outros pacientes que deveriam jejuar receberam alimentos ou alimentos que não concordavam com as dietas prescritas. Os erros ocorreram ao longo do “processo dietético”, desde a encomenda até a entrega das refeições.

8. Negação de alimentos

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Em um artigo na revista online BMJ Quality and Safety, vários médicos do Hospital Johns Hopkins afirmam que a prática de retenção de alimentos dos pacientes por oito horas antes da cirurgia é desnecessária e potencialmente perigoso. Ainda pior, em alguns casos, os pacientes podem ter que esperar dias antes que os hospitais lhes permitam comer no caso de precisarem ser anestesiados para a cirurgia.

O sistema imunológico dos pacientes pode ser comprometido por negar-lhes sono e nutrição. A nutrição inadequada, sofrida pela metade dos pacientes do hospital, poderia conduzir à inflamação, avaria muscular, e dano de órgão.

7. Infecções

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Equipamentos médicos contaminados, incisões cirúrgicas defeituosas e muitos antibióticos contribuem para as infecções causadas por bactérias, fungos e vírus. A revista Consumer Reports classificou os hospitais com base no número de infecções relacionadas a locais cirúrgicos, cateter ou infecções do trato urinário e infecções de linhagens.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), infecções hospitalares atingem cerca de 14% dos pacientes internados, além de ser responsável por mais de 100 mil mortes no Brasil todos os anos.

6. Cuidado pobre com pacientes idosos

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Pacientes idosos tendem a receber piores cuidados do que outros pacientes. Como resultado, muitos deles deixam o hospital em pior estado físico e psicológico do que quando entraram. Os pacientes mais velhos às vezes não são alimentados adequadamente, não fazem exercícios suficientes ou não recebem controle suficiente para a dor.

Os idosos são privados de sono em salas ruidosas ou porque seus sinais vitais são verificados frequentemente durante a noite. Os pacientes mais jovens são mais resistentes do que os idosos, assim, os pacientes mais velhos podem ter mais dificuldade do que os pacientes mais jovens na recuperação de tal tratamento.

5. Cuidados reduzidos

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Para sobreviver em ambientes econômicos pobres, hospitais pequenos, muitas vezes se juntam com grandes cadeias de hospitais. Normalmente, o governo brasileiro não monitora essas fusões e seus efeitos sobre o atendimento ao paciente.

O objetivo dessas fusões pode ser “cortar serviços sobrepostos, negociar melhores acordos com companhias de seguros e compartilhar as economias de custos”. No entanto, alguns serviços podem não ser mais prestados porque as decisões sobre cuidados de saúde são mais baseadas em lucro ou ideologia do que na assistência ao paciente.

4. Higiene pessoal precária

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Em alguns casos, os pacientes estão pior após a hospitalização devido à higiene que é completamente pobre. Às vezes, os médicos não lavam as mãos tão frequentemente como deveriam. E os enfermeiros, que são responsáveis por lembrar os médicos e cirurgiões para fazerem isso, não o fazem.

Eles simplesmente não lembram os médicos por medo de advertências. E os médicos também não querem ser levados às suas tarefas por enfermeiros, porque isso implicaria que eles não estão conscientes da necessidade das práticas sanitárias.

3. Falta e mau funcionamento dos equipamentos

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Dois dos muitos problemas enfrentados pelo Hospital Princess Margaret em St. Thomas Oriental, na Jamaica, são a falha de equipamento e falta de equipamento básico. O primeiro problema está sendo tratado pela construção de uma nova ala e pela renovação de áreas existentes da instalação.

Fora do registro, porém, o pessoal do hospital se queixa de um aparelho de ar condicionado que está em mau funcionamento há vários meses. A unidade deve esfriar a sala de operação, deixando os cirurgiões e outros funcionários confortáveis durante a cirurgia. O ar condicionado também mantém o equipamento frio para que ele funcione corretamente. Pacientes para os quais a anestesia geral não é necessária durante uma operação também sofrem por causa do calor.

2. Médicos doentes

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Embora os médicos muitas vezes se sintam obrigados a trabalhar enquanto estão doentes, eles colocam seus pacientes com sistema imunológico enfraquecido em risco de infecção quando assumem esse risco. Em um questionário aos prestadores de cuidados da saúde (incluindo 280 médicos) no Children’s Hospital da Filadélfia, 83% admitiu trabalhar enquanto estavam doente pelo menos uma vez durante o ano passado. Seus sintomas incluíam diarreia, febre e sintomas de resfriado ou gripe.

UM estudo conduzido pela American Foundation for Suicide Prevention, em 2008, descobriu que o índice de suicídios entre médicos é 70% maior que na população em geral. Entre médicas, 400% maior.

Segundo Mauro Aranha, psiquiatra e vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), “Há fatores que geram ansiedade e depressão, como alto número de horas trabalhadas, stress e a responsabilidade de lidar com tragédias humanas”.

1. Sérios acidentes desagradáveis

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“Nenhum evento” (ocorrências que nunca devem acontecer) podem tornar os pacientes mais doentes. Esses incidentes evitáveis, como operar na parte errada do corpo ou deixar objetos estranhos dentro do corpo de um paciente, podem prejudicar seriamente ou matá-los.

Em 4 anos, número de processos por erro médico cresceu 140% no STJ. Entre 2010 e 2014, recursos saltaram de 260 para 626, segundo o site ‘Estado’; no mesmo período, 18 profissionais tiveram registros cassados.

 

FONTE
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