Conheça as sete versões do coronavírus que circulam entre seres humanos

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A pandemia do coronavírus fez o planeta inteiro parar com o objetivo de evitar sua propagação, em especial para as pessoas do chamado grupo de risco, como é o caso de idosos, diabéticos e hipertensos. No entanto, em meio a todo esse problema, você sabia que esse não é a única versão existente do vírus? Entenda mais abaixo.

Existem sete tipos diferentes de coronavírus que circulam e infectam nós, seres humanos. Eles foram descobertos pela primeira vez no início dos anos 1960 e receberam esse nome por conta dos “espinhos” de proteína presentes em sua superfície, que possuem o formato de coroas. Eles são divididos em quatro subgrupos: alfa, beta, gama e delta.

Quatro versões já circulam em meio a nós desde a descoberta deles e costumam causar a famosa gripe comum. São eles:

1) HCoV-229E (coronavírus alfa)

2) HCoV-NL63 (coronavírus alfa)

3) HCoV-OC43 (coronavírus beta)

4) HCoV-HKU1 (coronavírus beta)

Já três versões do vírus são raras e causaram grandes complicações:

5) MERS-CoV (o coronavírus beta que causou a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, conhecida pela sigla MERS)

A MERS foi identificada pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012 e se espalhou para outros países como Malásia, Jordânia, Catar, Emirados Árabes, Tunísia e Filipinas. O MERS-CoV ainda circula em meio à população.

6) SARS-CoV (o coronavírus beta que causou a Síndrome Respiratória do Aguda Grave, conhecida pela sigla SARS)

A SARS surgiu pela primeira na Ásia entre 2002 e 2003 e se espalhou para vários países do mundo. Desde 2004, mais nenhum caso da doença foi registrado.

7) SARS-CoV-2 (o atual coronavírus, que causa a doença Covid-19 e também faz parte do sub-grupo beta)

Eis o atual coronavírus que está causando transtornos em todo o planeta. Ele surgiu pela primeira vez na cidade de Wuhan, na China, e já se espalhou para todos os continentes.

A história do coronavírus

Cientistas isolaram um coronavírus pela primeira vez em 1937 e descobriram que ele era o responsável por causar bronquite em aves.

Conforme dito acima, os quatro primeiro tipos são os que costumam causar a gripe comum e são mais brandos que os três últimos. Os mais comuns entre a população humana são o HCoV-OC43 e o HCoV-229E.

Além de nós, seres humanos, esses vírus também podem infectar ratos, cachorros, gatos, perus, cavalos, porcos e gado.

Muitas vezes, os vírus que afetam apenas alguns desses animais podem sofrer mutações e passam a infectar os humanos. O próprio SARS-CoV-2 pode ter se originado a partir de morcegos ou pangolins, mamíferos que habitam a Ásia e a África, já que muitos deles era vendidos no mercado de Wuhan que deu início a pandemia. O mesmo vale para o MERS-CoV e o SARS-CoV.

As pessoas costumam ficar gripadas com frequência por uma simples razão. No caso dos coronavírus, os anticorpos criados para combatê-los permanecem em nosso corpo por, no máximo, quatro meses. E como existem variações do patógeno, esses anticorpos podem ser ineficazes contra outras versões.

Sintomas em comum

Por serem doenças que causam problemas respiratórios, essas variações do vírus possuem alguns sintomas em comum. No entanto. eles podem variar de pessoa para pessoa e e acordo com a versão do coronavírus.

O sintomas mais comuns são:

  • Febre
  • Falta de ar
  • Tosse

Os primeiros sintomas podem levar de 2 a 14 dias após a infecção para começarem a se manifestar.

Semelhanças e vacina

Apesar dessas diferenças entre as versões do patógeno, cientistas de diversas universidades americanas descobriram que o SARS-CoV-2 é 89% idêntico ao SARS-CoV, após analisarem o código genético do novo coronavírus.

“Até o final do ano, devemos ter todas as estruturas identificadas”, afirmou o cientista Andrzej Joachimiak.

Especialistas já trabalham no desenvolvimento de uma vacina contra o SARS-CoV-2, mas ela ainda deve levar um tempo para ser criada.

Além disso, cientistas ainda não sabem se a exposição ao vírus ajudará no desenvolvimento de anticorpos e se ele continuará a circular, como é o caso da MERS, ou se irá desaparecer em breve, como aconteceu com a SARS.

De qualquer forma, ainda há um longo caminho pela frente para combater o novo coronavírus.



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