Através de um editorial no jornal estatal Rodong Sinmun, a liderança da Coreia do Norte condenou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a pena de morte. Segundo o jornal, “O pior crime pelo qual ele nunca pode ser perdoado foi ousar profanar a dignidade da suprema liderança”.
O anúncio foi realizado após o fim da viagem de Trump pela Ásia. A Coreia do Norte diz que “observou com paciência os ridículos atos de Trump até o final”, referindo-se ao discurso do presidente americano no último dia 8 de novembro, na Assembleia Nacional de Seul, na Coreia do Sul.
Na ocasião, Trump fez um discurso de 22 minutos, com um tom muito duro em relação a Coreia do Norte. Ele afirmou que Kim Il-Sung, presidente vitalício da Coreia do Norte e avô de Kim Jong-Un pretendia transformar o país em um paraíso, mas acabou transformando em um inferno.
O Rodong Sinmun completa em seu edital “Ele deve saber que é apenas um criminoso hediondo condenado à morte pelo povo coreano”. O jornal ainda declara “Os imprudentes comentários soltos por Trump durante sua excursão não podem ser vistos de outra maneira que a confirmação da hostilidade da Casa Branca contra a RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte), e como uma declaração de guerra”.
Troca de farpas
Trump vem criticando a Coreia do Norte desde a campanha presidencial em 2016. As tensões começaram a se agravar em abril de 2017, quando a Coreia do Norte acelerou seu programa nuclear. Em julho, Kim Jong-Un testou mísseis balísticos intercontinentais, armas com alcance suficiente para atingir territórios dos Estados Unidos.
Desde então, Trump tem ameaçado constantemente a Coreia do Norte com retaliação, caso ataques sejam realizados. A retórica agressiva do presidente americano tem feito com que o líder norte coreano retruque de forma igualmente forte. Recentemente, Trump chegou a chamar Kim Jong-Um de “baixinho e gordinho” no Twitter, após ter sido chamado de “velho” pelo líder da Coreia do Norte. Aguardamos os próximos capítulos.
