Delegados e prévias: como funcionam as eleições presidenciais nos EUA?

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As eleições nos Estados Unidos podem parecer com as do Brasil em alguns aspectos: o povo vota e elege seu presidente a cada 4 anos. Mas as diferenças são mais notáveis.

Ao contrário do que acontece por aqui, os votos não são simplesmente computados em quantidade e o candidato com mais votos vence. O sistema eleitoral americano conta com diversos elementos mais complexos.

A primeira grande diferença das eleições americanas está no voto em si, que é facultativo, ao contrário do Brasil, que tem voto obrigatório.

Com isso, os candidatos precisam não só convencer seus eleitores a votarem neles, mas simplesmente a compareceram às urnas. Afinal, com mais gente votando, mais votos estão em jogo e as chances aumentam para todos.

Além disso, os estados possuem uma autonomia e importância muito maior nas eleições presidenciais. Cada estado possui um número de delegados, que totaliza 538. Os delegados representam suas regiões eleitorais e os votos acabam contando para cada delegado, embora sejam dados para os candidatos a presidente.

Dessa forma, se um estado teve a maior parte dos votos reais para um candidato, todos os delegados desse estado contam para o candidato vencedor, o que gera uma desigualdade muitas vezes complicada de entender.

Em algumas eleições, um candidato até venceria em votos válidos, mas perde no número de delegados, caracterizando uma eleição não exatamente direta.

“Swing states” e as prévias de cada partido

Alguns estados possuem um histórico de votar sempre no mesmo partido – são apenas dois, Democratas e Republicanos. Enquanto isso, outros podem variar os resultados, sendo chamados de “swing states”.

Eles são determinantes na maioria das eleições, geralmente sendo os lugares onde as campanhas são mais “pesadas”, tanto no jogo político como em dinheiro investido.

As campanhas são duras desde as prévias de cada partido, eleições internas que decidem quem vai ser o candidato a enfrentar o candidato do partido adversário.

Comícios podem contar com a presença de artistas, que não economizam nas palavras para apoiar seus candidatos e criticar outros, e os debates, assim como no Brasil, muitas vezes chegam a ser ridículos, tamanha a rivalidade.



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