Enxerga os 12 pontos? Ilusão de ótica mostra os limites da visão humana

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Um cientista acaba de desenvolver uma curiosa ilusão de ótica que nos ajuda a mostrar algumas limitações de nossa visão e como os olhos tentam nos compensar com algo que não podemos ver. A ilusão ganhou o nome de Extinção de Ninio. Entenda mais sobre ela abaixo.

Nesta ilusão de ótica, é possível ver 12 pontos pretos com contornos brancos espalhados em uma grade cinza, que está em cima de um fundo branco. No entanto, não é possível observar todos os pontos ao mesmo tempo. Confira abaixo.

ilusão de ótica-intro

Essa ilusão de ótica é obra do cientista francês Jacques Ninio (o que explica seu nome) e já havia sido detalhada em uma pesquisa publicada no ano 2000.

O curioso nesta história é que se os traços cinza forem removidos da imagem, é possível ver os 12 pontos ao mesmo tempo. Mas isso não é possível com a presença da grade, pois se você focar em um ponto em particular, é possível ver os demais desaparecendo em meio às linhas, especialmente os que estão mais distantes.

“Quando os discos brancos em uma grande cintilante são diminuídos em tamanho e delineados de preto, eles costumam desaparecer. Só é possível ver alguns deles ao mesmo tempo, em aglomerações que se movem de forma errática. Quando eles não são vistos, o cinza parece contínuo e gera novos traços cinzas que não estão presentes”, disse Ninio.

Muitos especialistas dizem que essa é uma forma de mostrar como nossa visão também tem os seus limites. “O nosso sistema visual é preguiçoso. Padrões regulares são tentadores, por que você pode olhar em uma porção pequena e achar que já viu tudo”, disse Susana Martinez-Conde, neurocientista da Universidade de Nova York.

A ilusão criada por Jacques Ninio é semelhante com outra conhecida como “grelha de Hermann”. Ela se trata de uma grade branca em fundo negro. Conforme você a observa, é possível ver pequenos pontos escuros surgindo nas interseções dos traços.

Isso acontece por que temos mais neurônios voltados para o centro de nossa visão do que para as partes mais externas. Ou seja, só conseguimos observar coisas que se encontram na parte central.

Por conta disso, nosso cérebro tenta compensar nossa visão periférica preenchendo os espaços vazios que acreditamos estar vendo.



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