Estudo sugere que interior da Lua pode conter enorme reserva de água

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Se você sempre pensou que a nossa Lua era um lugar seco, desolado e cheio de rochas, tenha em mente que você pode mudar de ideia. O motivo é que um estudo recente mostrou que o nosso satélite pode ter mais água do que nós imaginamos, sugerindo que o seu interior pode conter uma enorme reserva de água.

Essa nova descoberta pode reforçar a ideia de que o manto lunar é surpreendentemente rico em água, o que pode facilitar o processo de uma futura exploração espacial.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Técnica de Dortmund, na Alemanha, utilizou os dados de uma Missão de Mapeamento da Lua para procurar indícios de água, a partir do espectro de luz que é refletido em sua superfície.

Após observar quais comprimentos de onda eram absorvidos ou refletidos na superfície, cientistas puderam ter uma ideia de quais minerais e outros compostos estavam presentes. Em um paper, publicado na revista Science Advances, os autores descobriram que a água está presente por toda a superfície da Lua, em todos os momentos do dia.

Previamente, acreditava-se que só existia água nos polos da Lua, e a atual explicação sobre como ela é formada em nosso satélite não explicaria como que ela pode ser encontrada em qualquer momento do dia.

Isso significa que alguma outra coisa deve ocorrer, como uma reserva de água que está debaixo da superfície.

“Possível fontes são, entre outras, minerais hidratados ou uma reserva de grande profundidade”, explicou o professor Christian Wohler, líder do estudo.

No início deste ano, o físico Stephen Hawking disse que a humanidade poderá construir uma estação lunar nos próximos 30 anos, que seria um ponto importante de parada para a exploração de outros planetas.

Um estudo publicado em julho descobriu que depósitos vulcânicos espalhados pela superfície da lua continham altas concentrações incomuns de água aprisionada, mas um paper divulgado em agosto negou tal fato.

James Day, geoquímico do Instituto Scripps de Oceanografia e principal autor do estudo de agosto, disse, na época, que “sempre foi uma grande questão se a lua é úmida ou seca. Pode ser algo trivial, mas é, de fato, muito importante.”

Os novos resultados podem criar mais questionamentos sobre a teoria mais aceita que explicaria como que a Lua foi formada. Muitos pesquisadores acreditam que ela se formou após a Terra ser acertada por um planeta, do tamanho de Marte, há bilhões de anos atrás. O evento ganhou o nome de Hipótese do Grande Impacto.

Essa hipótese afirma que a Lua é o detrito resultante de uma colisão indireta entre o nosso planeta e esse ”planeta”, há 4,5 bilhões de anos. O corpo que colidiu com a Terra é, algumas vezes, chamado de Theia, após a titânide grega que também era a mãe de Selene, a Deusa da Lua.

Só que um mistério sempre persistiu, e foi revelado após as rochas que os astronautas da missão Apollo trouxeram da Lua: por que a Lua e a Terra são tão similares em sua composição?

Diversas teorias já surgiram para explicar essas similaridades. Uma que é bem aceita é que o impacto criou uma enorme nuvem de detritos que se misturou com a Terra e se condensaram para forma a Lua.

Ou que Theia poderia, coincidente e isotopicamente, ser semelhante com a jovem Terra.

Uma terceira possibilidade é que a Lua se formou a partir de materiais da Terra, ao invés de Theia, apesar de que nesse caso, o impacto seria muito estranho e incomum.

Fonte: DailyMail
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