EUA dizem que míssil da Coreia do Norte ‘nos deixa perto de guerra’

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A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, disse que o lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte “nos deixa perto de uma guerra” que os EUA não querem.

Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, ela afirmou que se a guerra acontecer como resultado de novos atos de “agressão”, como o lançamento, “não há dúvidas de que a Coreia do Norte será completamente destruída”.

Haley disse que o governo Trump alertou a Coreia do Norte de que seu futuro está nas mãos de seus líderes e que a escolha era deles.

Ela ainda afirmou que, com o lançamento mais recente, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, fez uma escolha “e com essa escolha vem uma escolha crítica para o resto do mundo”. A embaixadora ainda pediu para que todos os países cortassem laços com a Coreia do Norte.

Míssil pode chegar aos EUA

O regime da Coreia do Norte garante que o projétil tem capacidade nuclear e alcance para atingir todo o território dos Estados Unidos.

A TV estatal do país afirmou ainda que o míssil é “significativamente mais” poderoso do que o testado em setembro. Segundo a emissora, o armamento foi batizado como Hwasong 15.

O lançamento ocorreu nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (29) em horário local. O projétil já havia sido detectado pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos. O artefato caiu no litoral do Japão.

O que já se sabe sobre o míssil da Coreia do Norte

O site BBC listou alguns fatos já conhecidos sobre o míssil batizado de Hwasong 15. Veja:



  • Tratou-se de um míssil balístico intercontinental;
  • Foi lançado, ao que parece, de uma plataforma móvel e em uma trajetória elevada (que só busca alcançar o máximo de altura possível);
  • Manteve-se no ar por 53 minutos, o maior tempo até hoje entre os mísseis testados por Pyongyang;
  • Segundo Pyongyang, voou a uma altitude de 4,47 mil km, a mais alta alcançada até agora por um míssil do país;
  • Percorreu 970 km antes de cair no mar do Japão, embora não tenha sobrevoado o território japonês, como mísseis lançados anteriormente;
  • Em uma trajetória normal, teria tido um alcance de 13 mil km, o suficiente para chegar a Washington, na costa oeste dos Estados Unidos, Europa ou Austrália, segundo cálculos do especialista em mísseis David Wright, da ONG Union of Concerned Scientists (União de Cientistas Preocupados, em tradução livre).
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