Garoto autista é desclassificado em prova de natação por ser “rápido demais”

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Um caso inacreditável, e até mesmo insensível, tomou conta das redes sociais. De acordo com relatos de uma britânica, mãe de um garoto autista, seu filho de 9 anos foi desclassificado de uma prova de natação, da qual foi vencedor, por ter sido considerado “rápido demais”.

Rory Logan estava disputando as Olimpíadas Regionais Especiais do País de Gales. Mesmo sendo o mais novo da competição, ele venceu a disputa dos 50 metros, mas foi desclassificado pela organização da competição. “Rory veio até mim e disse ‘Mãe, eu não fiz nada de errado, eu ganhei. O que eu fiz? Fiquei arrasada por ele”, comentou a mãe do garoto.

Ela, então, foi perguntar para a organização o motivo da desclassificação do filho. A resposta dos organizadores é que Rory nadou 15% mais rápido do que seu tempo nas baterias preliminares. Tal fato pode indicar que o competidor tentou nadar mais lentamente para se classificar em uma categoria inferior e que a decisão era irrevogável.

Briony, mãe do garoto, pensou em retirá-lo da competição por conta da chateação de Rory, mas mudou de ideia e deixou que ele participasse das outras provas. O menino pode até esquecer o acontecido após vencer mais duas provas no revezamento de 25 metros.

Habilidades extraordinárias

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Pelo visto, Rory Logan possui um verdadeiro talento para a natação. E não é incomum que algumas pessoas autistas demonstrem ter habilidades extraordinárias.

Em 0,5% a 10% dos casos de pessoas com autismo, os indivíduos possuem habilidades consideráveis incríveis, como memorização e talentos extremamente raros. Acredita-se que alguns dos motivos para isso são os níveis superiores de percepção e atenção que muitos autistas tem, em relação a população geral.

Na ficção, o caso mais famoso de habilidade extraordinária de um autista foi vista no filme Rain Man, lançado em 1988. No longa, Charlie Babbit, interpretado pelo ator Dustin Hoffman, possui o incrível talento de contar centenas de objetos em um instante e realizar cálculos mentais de nível exponencial, considerados quase impossíveis para a mente humana. Por conta da atuação, Hoffman ganhou o Oscar de melhor ator no ano seguinte.



Texto por Augusto Ikeda, edição por Igor Miranda
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