Hospital declara que 1º transplante infantil duplo de mãos foi um sucesso

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Zion Harvey é a primeira criança do mundo a se submeter a um transplante duplo de mãos bem sucedido. Como prova do sucesso,  ele agora está  até mesmo brincando com um bastão de baseball.

A equipe médica de Harvey publicou recentemente notas sobre seu progresso, 18 meses após sua cirurgia bilateral que, de forma impressionante, durou quase 11 horas.

“A criança excedeu suas habilidades adaptadas anteriores”, observa o relatório divulgado pelos médicos. “Ele é capaz de escrever e se alimentar, tomar banho e se vestir [sozinho]”.

Aos 10 anos de idade, Harvey está segurando e balançando um bastão de beisebol, jogando videogames e manipulando fantoches em terapia ocupacional várias vezes por semana.

O menino de Baltimore também está trabalhando em um objetivo pessoal: conseguir escalar barras de ferro, brinquedo tradicional para crianças em todos os parques.

Sandra Amaral, uma das médicas de Zion no Children’s Hospital of Philadelphia, disse ao jornal USA TODAY que Zion poderia realmente escalar barras de ferro agora, mas que ele precisaria de alguém abaixo dele caso ele caísse.

O caso de Zion prova que o transplante de mãos em crianças pode ser bem-sucedido, mas Amaral afirmou que aqueles que olham para essa opção devem estar cientes de que alcançar esse nível de funcionamento leva tempo e dedicação.

“Nós aprendemos com o caso de Zion, é uma grande demanda em termos de terapia a longo prazo”, disse ela.

Zion terá que tomar uma medicação para o resto de sua vida para evitar a rejeição do corpo – o que na verdade já aconteceria sem o transplante das mãos, porque ele já fez um transplante de rim.

Como o caso de Zion é o primeiro de seu tipo, não é possível saber se ele futuramente vai regredir. Amaral observou que o maior salto de Zion em termos de habilidade foi o que ocorreu entre 8 e 12 meses após a cirurgia. Ela espera que seu progresso alcance o pico em algum momento.

Scott Levin, presidente da cirurgia ortopédica da Penn Medicine e cirurgião principal do transplante de Zion, disse que a atitude positiva e o apoio da mãe de Zion foram os pontos mais importantes para o seu desenvolvimento durante a terapia.

Zion perdeu as mãos e pés quando era criança, depois de ter contraído uma infecção potencialmente mortal e teve que amputá-las. Ele começou a terapia para aprender a usar suas mãos transplantadas cerca de uma semana após a operação, em 2015.

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