A humanidade, como conhecemos, pode terminar em 2045, diz chefe de engenharia do Google

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Os robôs “irão atingir a inteligência humana em 2029 e a vida, como conhecemos, irá acabar em 2045”. Essa não é a previsão de um conspiracionista ou pessimista, mas sim do chefe de engenharia do Google, Ray Kurzweil. Ele disse que o trabalho que está acontecendo no momento irá “mudar a natureza da própria humanidade.”

Já o CEO do grupo japonês Softbank, Masayoshi Son, acredita que isso deve ocorrer em 2047. E tudo por conta de todas as complexidades que involvem a inteligência artificial (IA).

No momento, a IA está limitada a assistentes de voz, como a Siri ou Alexa, que aprendem com os humanos, as “coisas que você também irá gostar” da Amazon, máquinas como o Deep Blue, que já venceu grandes mestres do xadrez, entre outros exemplos.

Só que o Teste de Turing, no qual é testada a capacidade de uma máquina em exibir comportamento inteligente equivalente ao de um ser humano ou indistinguível deste, até hoje não teve muito sucesso. Até agora…

Os tipos de Inteligência Artificial

O que nós temos no momento é conhecido como IA Limitada (em tradução literal do termo Narrow AI), que é inteligente em fazer uma única coisa ou uma seleção limitada de tarefas.

Já a IA Geral, na qual robôs e humanos são comparáveis, é esperada para mostrar avanços e progressos na próxima década.

Eles se tornarão adaptáveis e serão aptos a conseguir executar diversas tarefas, da mesma forma que humanos possuem áreas em que são melhores mas também conseguem ter êxito fora delas. Esse será o momento em que as máquinas poderão ser verdadeiramente aprovadas no Teste de Turing.

O terceiro passo, agora, é a Super Inteligência Artificial. A SIA é a coisa que os filmes possuem obsessão, onde as máquinas são mais inteligentes e fortes que os humanos. Sempre pareceu ser um sonho distante e um fruto de nossa imaginação, mas as previsões estão mais perto de se concretizarem.

As pessoas poderão fazer o upload de sua consciência em uma máquina por volta de 2029, quando elas serão tão poderosas quanto o cérebro humano, e a SIA deve surgir, segundo previsões do Google, em 2045.

Teorias pessimistas

Já existem diversas teorias sobre o que isso pode significar, sendo que algumas são mais assustadoras que as outras.

“Nós projetamos nossa própria desilusão humanista no que a vida pode ser a vida (quando a inteligência artificial atingir a maturidade)”, disse o filósofo Slavoj Zizek.

“O básico do que é o ser humano irá mudar. Mas tecnologia nunca se suporta por conta própria. É sempre uma questão de relacionamentos e parte da sociedade”, complementou o filósofo.

A sociedade, no entanto, precisará alcançar e se equiparar a tecnologia. Se não conseguir, existe um risco de que ela nos ultrapasse e torne a sociedade humana irrelevante, em um cenário mais otimista, e extinta, no pensamento mais pessimista.

Uma das teorias garante que, uma vez que conseguirmos fazer o upload de nossa consciência em uma máquina, nos tornaremos imortais e não será mais necessário ter um corpo físico.

Já outra afirma que não conseguiremos acompanhar a verdadeira inteligência artificial, então a humanidade ficará para trás enquanto que a IA infinita irá explorar a Terra e/ou o Universo sem nós.

E uma terceira, que é a mais assustadora e já abordada nos filmes e séries de ficção científica, é que uma vez que as máquinas perceberem a natureza destrutiva da humanidade, elas tentarão nos eliminar para garantir sua existência.

Tal ideia já faz nos lembrar as cenas de filmes como Blade Runner e a série O Exterminador do Futuro, verdadeiros pesadelos distópicos.

“Durante o meu tempo de vida, a singularidade (ponto em que uma função ganha valor infinito por que é incompreensivelmente grande) irá acontecer”, disse Alison Lowndes, chefe de desenvolvimento de IA da empresa Nvidia.

“Mas por que todo mundo pensa que ela será hostil? Esse é o nosso cérebro assumindo que ela é má. E por que ela deveria ser? As pessoas estão apenas assustadas com a mudança”, complementou Lowndes.

A verdade é que muitas pessoas realmente ainda possuem receio desses avanços. Carros dirigidos por contra própria, que aprendem as nuances das estradas e rodovias, ainda assustam muitas pessoas. E se trata apenas da IA Limitada.

Mas deixar um carro dirigir sozinho é uma coisa, enquanto que permitir que uma máquina pense por nós é outra.

“O ritmo de inovação e do seu impacto na população está ficando rápida. Se você olhar os carros, por exemplo, foram necessários 50 anos para conseguir colocar 50 milhões de carros nas ruas. Se você observar as últimas inovações, elas levaram apenas alguns anos – como o Facebook – para ter o mesmo impacto.”, disse Letitia Cailleteau, chefe global de IA da empresa Accenture.

“O ritmo de inovação é rápido. A IA irá inovar rapidamente, mesmo que seja difícil prever o quão rápido isso será”, complementou Letitia.

Só que mesmo com tantas previsões catastróficas, ainda existem muitas incertezas.

Steve Pinker, cientista cognitivo da Universidade de Harvard, resumiu tudo de forma mais simples. “O aumento na compreensão do cérebro ou genética evolucionária nunca seguiu nada igual (o ritmo de inovação tecnológica). Eu não vejo nenhum sinal de que alcançaremos isso”, disse.

De qualquer forma, há aqueles que pensam que a humanidade já é parte dessa ideia.

Fonte: Metro
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