Idoso radioativo morre e quase gera grave acidente ao ser cremado; entenda

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Já imaginou passar por sua cabeça que uma simples cremação de uma pessoa morta por pouco não causou um grave acidente radioativo? Por mais absurdo que possa parecer, isso quase aconteceu no estado americano do Arizona, nos EUA. com um idoso radioativo. Entenda mais abaixo.

Este caso ocorreu em 2017, mas só foi divulgado agora por um estudo. Esse senhor, que tinha 69 anos e era vítima de câncer no pâncreas, morreu após passar dois dias internado em um hospital e sua família optou por cremá-lo.

No entanto, o que ninguém no crematório sabia é que no dia anterior à a morte do idoso, os funcionários do hospital lhe injetaram uma substância para tratar o seu câncer. No caso, o Lutécio-177, que é radioativo e ainda estava no corpo da vítima.

Os funcionários do hospital só foram se tocar do que poderia ter acontecido quase um mês após a morte do idoso radioativo. E não deu outra: com o auxílio de equipamentos, descobriram altas doses de radiação na câmara de cremação e nos equipamentos usados para o procedimento.

“Cremar um paciente exposto volatiza o radiofarmacêutico, que pode ser inalado por trabalhadores ou liberado na comunidade adjacente e resultar em uma grande exposição em pacientes vivos”, relataram pesquisadores da Mayo Clinic, nos EUA.

Kevin Nelson, um dos autores do estudo deste caso, disse que as proporções estariam longe de serem as mesmas dos acidentes de Chernobyl e Fukushima, mas que esse seria um incidente difícil de se antecipar. Podemos fazer, inclusive, uma analogia com o acidente com o Césio-137 em Goiânia, que ocorreu em 1987.

O que também chamou a atenção neste caso é que análises da urina do operador do crematório não encontraram traços do Lutécio-177, mas sim de outro isótopo radioativo: o Tecnécio-99m.

Por conta disso, os pesquisadores acreditam que o homem foi exposto ao composto após cremar outros restos humanos, o que significa que o idoso radioativo deste caso pode não ter sido o único e revela os perigos que podem envolver o processo de cremação.

Os pesquisadores sugerem que hospitais avaliem melhor a radioatividade de pacientes mortos antes de serem cremados e que notifiquem os crematórios para evitar novos casos semelhantes.



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