Local mais frio do planeta bate novo recorde de temperatura negativa

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Sabemos que o nosso planeta possui um clima que ajudou no desenvolvimento da vida, diferente dos demais planetas do nosso sistema solar.  Mas dependendo do local, ele pode lembrar bastante as condições inóspitas de outros mundos. É o caso de um planalto que fica na Antártida, que acabou de registrar a maior temperatura negativa da história.

Já quer saber logo de cara a temperatura registrada? 98 graus Celsius negativos (isso mesmo, você não leu errado). É um pouco mais frio do que o recorde estabelecido anteriormente, que era de 93 graus negativos.

A descoberta foi feita graças a um satélite que checa constantemente as temperaturas registradas no chamado Planalto Antártico, o local mais frio da Terra. Os dados foram posteriormente recalibrados com informações coletadas em estações que ficam no solo.

E estar nessas condições, mesmo em questão de poucos minutos, pode ser fatal, pois respirar o ar com tal temperatura pode congelar os seus pulmões.

“Eu nunca estive em condições tão frias, e espero nunca estar. Me falaram que até mesmo respirar é doloroso, e você precisa ter muito cuidado para não congelar partes de sua garganta ou pulmões na hora de inalar o ar”, revelou Ted Scambos, professor da Universidade do Colorado-Boulder, nos EUA.

Apesar do recorde que foi quebrado, é importante ressaltar que os cientistas costumam diferenciar as temperaturas registradas entre satélites e equipamentos que estão em estações meteorológicas.

Se levarmos em conta a medição feita no solo, a honra de ter registrado a menor temperatura da história pertence a pesquisadores russos na Estação Vostok, que detectaram 89 graus Celsius negativos com a ajuda de seus aparelhos.

O motivo dessa diferenciação é que a temperatura muda entre o solo e o ar (por exemplo, o satélite que registrou a nova temperatura recorde analisou a temperatura a três metros de altura do solo).

Ainda assim, as duas formas de medição são muito úteis para cientistas. As estações meteorológicas medem a temperatura considerada exata, mas os satélites conseguem cobrir uma área muito maior.

Por fim, um dado interessante revelado com o recorde é que o ar precisa estar extremamente seco para que as temperaturas cheguem a essa marca. Qualquer vapor de água já é capaz de aquecer o ar, mesmo que sutilmente.

“Nesta área, observamos períodos com ar incrivelmente seco, e isso permite que o calor da superfície na neve irradie para o espaço com maior facilidade”, afirmou Ted Scambos.



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