Novo satélite russo pode ser arma espacial, suspeita governo americano

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos acaba de divulgar uma informação que deve deixar muita gente por aí de cabelo em pé: a suspeita de que um satélite lançado recentemente pelos russos pode se tratar, na realidade, de uma arma espacial.

“Nós não sabemos o que é e não existe uma forma de verificar o que é. As intenções russas com esse satélite não estão claras e podem ser, obviamente, um problema”, revelou Yleem D.S. Poblete, secretária assistente do Controle de Armas dos EUA.

Esses comentários da secretária foram feitos em uma conferência da ONU sobre desarmamento, realizada em Genebra, na Suíça, desde o início desta semana. E também vale lembrar que recentemente, o governo americano mostrou seu desejo de criar sua Força Espacial até o ano de 2020, apesar das críticas de muita pessoas, que consideraram essa uma “ideia idiota.”

Ainda segundo Poblete, o motivo que levou o governo americano a levantar essa suspeita sobre o satálite, lançado para o espaço em outubro de 2017, é que os russos o descreveram como um “aparato de inspeção espacial”, mas seu comportamento não casa com o que foi dito pela Rússia.

“Seu comportamento na órbita terrestre é inconsistente com qualquer outra coisa que já inspecionamos, incluindo outros satélites semelhantes da Rússia. Estamos muito preocupados com o que parece ser um comportamento muito anormal de um ‘aparato de inspeção espacial’”, disse.

Após a suspeita ser divulgada, muitas pessoas acreditam que essa suposta arma espacial seria o satélite Kosmos 2521 (também conhecido como Sputnik Inspector), lançado por seu “parente”, o Kosmos 2519. No entanto, ele foi lançado em agosto, e não em outubro.

Será bem difícil descobrir o intuito desse satélite, já que a própria secretária assistente admitiu que a Rússia negará que o satélite foi feito com o intuito de ser uma arma. E foi realmente o que aconteceu: o diplomata russo na Suíça, Alexander Deyneko afirmou se tratar de “acusações caluniosas baseadas em suspeitas e suposições.”

Se levarmos em conta o tom da conversa das duas partes na conferência de desarmamento da ONU, essa é uma história que pode estar longe de acabar.



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