O que é o WikiLeaks, quem é Julian Assange e por que ele foi preso

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Depois de anos de reclusão na embaixada do Equador no Reino Unido, Julian Assange foi preso. Mas quais são, afinal, os crimes do fundador do WikiLeaks? Assange tem atuações como hacker desde a década de 90, mas foi em 2006 que ele se tornou uma das pessoas mais perigosas do mundo, ao menos para os governos que tiveram informações vazadas por ele.

O australiano começou a ficar conhecido a partir de 2006, ano em que criou o WikiLeaks, uma plataforma online feita para vazar documentos confidenciais de qualquer tipo. O site usava técnicas de segurança da informação para dificultar o acesso às fontes dos arquivos que chegavam até lá, e que podiam ser acessados por qualquer pessoa.

A plataforma ganhou ainda mais notoriedade em 2010, quando divulgou vídeos de soldados americanos executando civis no Afeganistão a bordo de um helicóptero. Depois disso, documentos de parlamentares americanos foram vazados e uma das fontes, o soldado Bradley Manning, acabou sendo preso.

Foi também em 2010 que as coisas começaram a se complicar para Julian Assange, quando a polícia da Suécia abriu uma investigação sobre dois possíveis casos de abuso sexual. Ele foi interrogado e negou as acusações, mas chegou a ser preso em Londres, mas foi liberado após pagar fiança. O caso foi arquivado pelas autoridades suecas em 2017.

Preso de novo

Devido aos vazamentos do WikiLeaks, os Estados Unidos pedem a extradição de Assange para o país. Para escapar disso, ele vinha vivendo desde 2012 na embaixada do Equador em Londres, tendo recebido asilo político do país sul-americano. A partir daí ele também passou a ser procurado pela polícia britânica, já que faltou a diversas audiências e compromissos com a justiça no país.

Porém, em 2019, o atual presidente do Equador, Lenín Moreno, retirou o status de asilado de Assange, permitindo que a polícia de Londres entrasse no prédio para prendê-lo. As acusações que o levaram para a prisão agora são referentes à suas ausências em compromissos com a justiça, mas os Estados Unidos realizaram um novo pedido de extradição, para que ele possa ser julgado pelos vazamentos do WikiLeaks. As autoridades britânicas ainda vão analisar o pedido dos americanos.



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