Peste negra foi causada por humanos e não por ratos, segundo estudo

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As epidemias de peste bubônica, mais conhecida como peste negra na Europa entre os séculos XIV e XIX geralmente são atribuídas aos ratos e pulgas que viviam neles. Um estudo mostrou que os roedores podem não ter sido os grandes culpados pela doença, mas sim o ser humano.

Pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega e da Universidade de Ferrara, na Itália, mostraram que os grandes responsáveis por espalhar a doença foram as pulgas e piolhos que viviam entre os seres humanos.

Nils Stenseth, da Universidade de Oslo, disse que a pesquisa foi feita com base nos números de mortalidade da doença em nove cidades da Europa, o que possibilitou determinar a dinâmica de infestação. Entre os séculos XIV e XIX, a peste negra matou cerca de um terço da população da Europa, algo em torno de 25 milhões de pessoas.

Os cientistas determinaram que a peste negra se espalhava pelo menos de 3 formas: por via aérea, através dos ratos ou dos piolhos e pulgas presentes nos próprios seres humanos. Analisando os dados de mortalidade e expansão da doença, concluíram que em 7 das 9 cidades, a epidemia teria se dado pelas pulgas e piolhos.

Stenseth afirma que a contaminação através dos ratos é bastante improvável. “Seria improvável que a doença tivesse se espalhado tão rápido com a transmissão por ratos. Teria que ter passado por ciclos extras nos roedores, em vez de se espalhar de pessoa para pessoa”, explicou.

Um mal ainda presente

A peste bubônica ainda não foi completamente erradicada, apesar dos surtos haverem desaparecido. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 3248 casos entre 2010 e 2015. Desses, 584 morreram.

A taxa de mortalidade atual da doença varia entre 30 e 60%, mas antibióticos têm ajudado a reduzir essa taxa. Recentemente, uma análise de micro-organismos realizada no metrô de Nova York encontrou a presença da doença, em uma quantidade bem baixa.



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