Poeira é a causa do brilho estranho da Estrela de Tabby, diz estudo

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KIC 8462852, mais conhecida como estrela de Tabby, está localizada a 1480 anos luz de distância da Terra, mas ela já intriga astrônomos há algum tempo. O motivo é que existem diversas flutações estranhas na curva de brilho da estrela, o que já fez muitos chegarem a especular que isso acontece por conta de uma estrutura artificial construída por alienígenas.

Só que um novo estudo tratou de acabar com todas essas teorias que chegam a citar estruturas alienígenas. Essa mudança na curva de brilho da Estrela de Tabby é apenas resultado de uma nuvem de poeira que fica em seu entorno.

“Poeria é a provável razão que explica por que a luz da estrela parece ficar curva e clara. Novas informações mostram que diferentes cores de luz são bloqueadas em diferentes intensidades. Assim, qualquer coisa que está entre nós e a estrela não é algo opaco, como seria esperado de um planeta com uma estrutura alienígena”, disse Tabetha Boyajian, astrônoma da Universidade da Lousiana.

A Estrela de Tabby é um pouco maior e mais quente que o nosso Sol, e ficou conhecida após um estudo, realizado em 2015 e conduzido pelo próprio Boyajian, que mostrou que sua luz ficou mais turva consideravelmente com o passar de cinco anos.

Por conta disso, diversas especulações surgiram para explicar o que causava esse estranho fenômeno na estrela. Além da teoria da megaestrutura alienígena, fragmentos de cometas foram citados como outra possibilidade.

Para este novo estudo, Boyajian e sua equipe observaram a Estrela de Tabby entre março de 2016 e dezembro de 2017. E durante o verão do ano passado (que ocorre no meio do ano no hemisfério norte), observaram quatro eventos distintos de mudanças na curva de brilho.

Os resultados foram bem semelhantes com outra pesquisa realizada com a estrela, que concluiu que KIC 8462852 é provavelmente orbitada por uma nuvem de poeira, que dá uma volta em seu entorno a cada 700 dias terrestres.

Boyajian agradeceu a ajuda que recebeu de doações via Kickstarter, que levantaram US$ 107 mil para o estudo recente, mas lembrou que outros fatores também podem afetar o brilho da estrela além dessa nuvem de poeira.

“O resultado da última pesquisa descarta megaestruturas alienígenas, mas também aumenta a probabilidade de outros fenômenos estarem por trás desse acontecimento”, lembra Jason Wright, astrônomo da Universidade do Estado da Pensilvânia e um dos coautores do novo estudo.

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