Pornografia infantil achada no blockchain ameaça existência do Bitcoin

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O Bitcoin, criptomoeda mais usada no mundo, pode deixar de existir. Foram encontrados links entre transações no blockchain e pornografia infantil, o que pode ameaçar a existência da criptomoeda em todo o mundo.

O blockchain consiste em um sistema de registros de transações feitas através de Bitcoins que pode ser acessado por qualquer um que utilize a criptomoeda. As transações geralmente são linkadas à sites de compras e basicamente qualquer conteúdo na internet e é aí que mora o problema.

Pesquisadores da Universidade de Aachen, na Alemanha, realizaram um estudo no blockchain para determinar a quantidade de dados arbitrariamente linkados pelos usuários às transações por Bitcoin. Eles descobriram de fotos de casamento a arquivos do Wikileaks e principalmente pornografia infantil.

Dessa forma, como o blockchain não só permite o acesso a todos esses links, como também salva algum conteúdo no dispositivo que o acessa, seria ilegal ter acesso à rede de registros de transações da criptomoeda em praticamente todos os países do mundo.

O sistema de criptomoedas ainda é novo e desconhecido em relação à dispositivos legais e legislação em geral, mas a maioria dos países é bem clara quanto à proibição de pornografia contendo imagens de menores de idade.

Uma possível proibição afetaria não apenas o Bitcoin, mas várias outras criptomoedas que utilizam sistemas idênticos ou similares ao blockchain. Além de pornografia infantil, pirataria e informações pessoais também foram encontradas no registro de transações.

A queda do Bitcoin?

O Bitcoin é a mais bem sucedida das moedas digitais. Criada por uma pessoa ou um grupo de pessoas desconhecidas que utilizam o nome Satoshi Nakamoto, ela foi lançada em 2009 como um sistema de pagamentos online sem uma administração fixa ou um banco central, como as moedas nacionais.

A moeda vem sofrendo uma crise de desvalorização desde que no início de 2018 sofreu uma queda de mais de 25% em seu valor de mercado. Grande parte disso se deve à regulamentação dos governos de vários países para as criptomoedas.



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