‘Portão do Inferno’: caverna na Roma Antiga era mortal para animais; entenda

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Uma caverna na Roma Antiga ganhou o apelido de “Portão do Inferno” e até hoje, o local pode ser mortal para quem adentra.

Nos tempos antigos, sabe-se que animais eram mortos ali sem que ninguém encostasse neles, enquanto os sacerdotes dos cultos aos deuses do submundo permaneciam em pé. O efeito permanece no local até os dias de hoje, mas há uma explicação científica para isso.

A caverna fica localizada na antiga cidade de Hierápolis, na antiga província da Frígia, na atual Turquia.

Na entrada dessa caverna, nos tempos da Roma Antiga, aconteciam rituais de sacrifício de bois e outros animais, que passavam pela entrada, chamada de Plutônio, ou Portão de Plutão. Esses animais morriam em poucos minutos, sem que nenhum ferimento fosse feito a eles.

O motivo, hoje se sabe, é uma densa nuvem de dióxido de carbono, resultado de atividade sísmica no interior da caverna, que chega até a sua entrada.

O gás tóxico é levemente mais pesado do que o ar comum, fazendo com que ele se acumule mais próximo ao chão. Por isso, animais cuja cabeça fica mais próxima ao solo, acabavam inalando o gás e morrendo, enquanto os sacerdotes, mais altos do que essa densa nuvem de gás, não sofriam nenhum dano.

O local era conhecido como uma das entradas para o inferno e acreditava-se que o poder dos deuses do submundo, como Plutão e Kore, que ceifariam a vida dos animais que eram entregues em sua homenagem.

Truque de mágica?

Hoje, os pesquisadores acreditam que os sacerdotes – todos eunucos – sabiam dos efeitos do dióxido de carbono, embora obviamente desconhecessem suas propriedades.

A prova disso é que em algumas descrições do ritual de sacrifício, alguns dos que conduziam os animais ficavam em pé sobre pedras, para que ficassem ainda mais altos e mais distantes da nuvem tóxica.

Havia espectadores nesses rituais, mas eles ficavam estrategicamente sentados em arquibancadas altas ao redor de uma arena, na entrada da caverna.

Dessa forma, também estavam seguros, e poderiam observar os animais sucumbindo ante aos poderes dos deuses dos mortos.



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