Rajadas rápidas de rádio podem ser indicativo de vida no universo

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Cientistas que procuram pelas chamadas rajadas rápidas de rádio, que muitos acreditam ser um sinal enviado por alienígenas, afirmam que elas podem estar ocorrendo a cada segundo, em qualquer momento do dia. Anteriormente, acreditava-se que esse fenômeno era raro.

As rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês), são emissões de rádio que aparecem temporariamente e randomicamente no universo, o que faz delas um fenômeno não apenas difícil de ser encontrado, mas também de ser estudado.

Pesquisadores do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (uma parceria entre as Universidades de Harvard e o Instituto Smithsonian) conseguiram estimar quantas rajadas rápidas de rádio ocorrem dentro do universo observável.

O trabalhou indicou que, pelo menos, uma FRB ocorre em algum lugar do universo a cada segundo. Quando as rajadas foram detectadas pela primeira vez, em 2001, nada semelhante havia sido descoberto anteriormente.

“Se estamos certos sobre essa alta taxa das FRB’s acontecendo a cada segundo, você pode imaginar que o céu está cheio de flashes iguais ao de paparazzi tirando fotos de uma celebridade. Mas ao invés de luz, esses flashes vêm em forma de ondas de rádio. No tempo que você leva para tomar uma xícara de café, centenas de FRB’s podem estar ocorrendo no espaço”, disse Avi Loeb, um dos coautores do estudo.

O estudo só foi possível após os responsáveis usarem como referência a FRB 121102, que é muito rápida e está localizada em uma galáxia há três bilhões de anos luz da Terra. Como ela está emitindo rajadas desde sua descoberta, em 2002, astrônomos puderam estudar o fenômeno com mais detalhes. Com tal informação, foi possível estimar o número de FRB’s que existem no universo.

Origem desconhecida

O mistério em torno das FRB surge a partir do fato de que ainda não se sabe o que é capaz de gerar essas rajadas. Se o fenômeno é, na verdade, um sinal de vida inteligente no universo, as últimas descobertas sugerem que ela pode ser muito mais disseminada do que previsto anteriormente.

Apesar de sua natureza ser desconhecida, uma ideia muito aceita é que as rajadas são produtos de jovens estrelas de nêutrons, que giram muito rápido e possuem campos magnéticos extremamente fortes.

Os pesquisadores também afirmaram que as FRB’s podem ser utilizadas para estudar a estrutura e evolução do universo, pois podem oferecer novas noções de elementos cósmicos básicos, como a quantidade relativa de matéria ordinária, matéria escura e energia escura, fatores que afetam a expansão do universo.

As rajadas rápidas de rádio também podem dar um indicativo sobre o que quebrou a “névoa” de átomos de hidrogênio, que “encheu” o universo jovem com elétrons e prótons, quando as temperaturas diminuíram após o Big Bang.

Acredita-se que a luz ultravioleta (UV) das primeiras estrelas foi a responsável por ionizar o hidrogênio, limpando essa névoa e permitindo que a luz UV escapasse. O estudo de rajadas tão distantes pode permitir que cientistas estudem quando, como e onde que esse processo de “reionização” ocorreu.

Fonte: DailyMail
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