Relógio biológico: as descobertas do estudo vencedor do Nobel de Medicina

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O Prêmio Nobel de Medicina de 2017 foi entregue para três geneticistas americanos, que em sua pesquisa, descobriram novos detalhes a respeito do nosso relógio biológico.

Os professores Jeffrey Hall, Michael Rosbash e Michael Young foram os vencedores do prêmio, que foi anunciado na manhã desta segunda-feira (2), em Estocolmo, na Suécia. Para conseguirem compreender mais a respeito do nosso relógio biológico, eles isolaram um gene que é responsável por controlar o ritmo biológico diário.

relógio biológico - professores
Ilustração dos professores Jeffrey Hall, Michael Rosbash e Michael Young, divulgada na página do Prêmio Nobel no Facebook

“A descoberta explica como que plantas, animais e humanos adaptam seu ritmo biológico para que esteja sincronizado com o que acontece na Terra”, disseram os responsáveis pelo Prêmio Nobel.

A pesquisa

Por muitos anos, cientistas já sabiam que qualquer organismo vivo possui um relógio biológico interno que nos ajuda a antecipar e adaptar as mudanças de ritmo do dia. Ele é responsável por influenciar certos níveis de hormônios, sono, temperatura corporal e metabolismo.

Essa é uma das razões que explicam por que é complicado se adaptar a um fuso horário diferente.

Utilizando a mosca-da-fruta como modelo de referência, eles conseguiram isolar um dos genes que é responsável por ditar o nosso ritmo biológico diário.

Os três professores conseguiram comprovar que esse gene é responsável por codificar uma proteína que se acumula nas células durante a noite, e que vai se decaindo com o passar do dia. Posteriormente, também descobriram que outra proteína também faz parte do processo, expondo o mecanismo que regula o relógio no interior das células.

Desta forma, já é possível associar que o relógio biológico funciona a partir dos mesmos princípios que as células de outros organismos multicelulares, incluindo nós, humanos.

Além de causar problemas com relação ao fuso horário, também já existe um indicativo de que o desalinhamento entre o relógio biológico e o nosso estilo de vida pode estar associado com o risco de surgimento de novas doenças.

Por conta da descoberta, os três professores receberam um prêmio de 9 milhões de coroas suecas, o equivalente a 1.1 milhão de dólares.

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