Sexo híbrido? Especialistas analisam relações pós-pandemia

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Alguns especialistas estão vendo questionários dos encontros dos brasileiros em uma tentativa de mapear as relações, gerenciar os riscos e analisar o hibridismo sexual.

Segundo uma psicóloga e sexóloga, Carmita Abdo, está sendo possível encontrar artigos e publicações que revelam uma piora sexual para a maioria dos brasileiros, já que uma relação saudável depende de uma série de elementos que é complicado manter no momento atual.

Esses estudos demonstraram maior interesse entre aqueles que estavam juntos no início da quarentena, mas com o tempo e aumento de preocupações, as relações sexuais passaram a se tornar cada vez mais raras.

Importância do questionário

De acordo com o professor do programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenador do projeto “Sexvid”, Marco Aurélio M. Prado, é necessário que o Brasil reconheça as formas que os cidadãos se relacionam para poder traçar planos de gestão de risco, já que os solteiros estão começando a desenvolver regras próprias com base no que consideram seguro.

A ideia é que, com o questionário, seja mais fácil entender quais são as melhores formas de fazer sexo em meio à pandemia de Covid-19 e, assim, criar uma estratégia mais embasada.

“Não é que as pessoas estejam transando e pensando em como evitar o vírus. Na verdade, elas transam sabendo que elas estão transando também com o vírus. É uma vida com o vírus. É o que remete muito aos estudos da Aids, explica.

O que é sexo híbrido?

Segundo a sexóloga Carmita e o professor Marco, as relações híbridas são aquelas divididas entre o meio on-line e o meio real, tal qual está sendo muito home office.

O risco no hibridismo é que pacientes que antes não eram adeptos aos aplicativos, agora pensam em implementar na rotina como uma alternativa para satisfazer e essa adesão à pornografia on-line e ao sexo virtual pode alterar toda uma forma de relacionamento de uma geração.

“A gente já tinha dificuldade com esses garotos. Eles saíam da internet pra vida real, mas não tinham os estímulos tão interessantes quanto a pornografia on-line. A menininha não é aquela coisa toda da atriz pornô do filme”, explica Abdo preocupada com a sanidade dos jovens.



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