Terremoto no oceano Atlântico pode causar tsunami no Brasil?

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Um terremoto ocorrido no oceano Atlântico deixou algumas pessoas assustadas com a possibilidade de um tsunami atingir o Brasil. Mas será que isso é possível? As ondas gigantes atingiriam, nesse caso, principalmente a costa do Nordeste brasileiro, em estados como Rio Grande do Norte, Ceará e outros, mas os especialistas avisam: não há nenhum motivo para pânico.

O tremor de terra aconteceu na porção norte do oceano Atlântico, a cerca de 10 quilômetros de profundidade e foi considerado de média intensidade, atingindo 5.8 pontos na escala Richter. O epicentro do tremor fica a 1099 quilômetros da costa brasileira e a 730 quilômetros da ilha de Fernando de Noronha. Como a região próxima não é habitada, nenhum tipo de dano foi registrado.

No entanto, surgiu na internet uma onda de pavor, com a possibilidade de que um tsunami, ou seja, uma onda gigante causada pelo terremoto, pudesse atingir o país. Felizmente, as coisas não são tão simples assim. Todos os especialistas em abalos sísmicos e seus efeitos concordam que as chances de um fenômeno desses no Brasil são muito pequenas e, mesmo que algo similar aconteça, não espere nada parecido com o que houve nos últimos anos em países como Indonésia e Japão.

A única chance

O Brasil praticamente não sofre com abalos sísmicos por estar localizado sobre uma única placa tectônica, evitando assim os “encontrões” entre elas. Terremotos, como esse ocorrido no Atlântico, não possuem força suficiente para gerar grandes tsunamis que atinjam a costa brasileira. Na verdade, há apenas uma chance, bem remota.

No arquipélago das Ilhas Canárias, localizado a mais de 4 mil quilômetros do Brasil, fica o vulcão Cumbre Vieja. Estima-se que uma grande erupção desse vulcão, pode fazer com que o arquipélago entre em colapso, com boa parte das ilhas afundando. Isso sim poderia causar ondas gigantes que atingiriam a costa brasileira, mais precisamente nos estados da região Norte, mas provavelmente com pouca intensidade, devido à distância.

Nesse cenário, países da África, Europa e América do Norte sofreriam muito mais, mas nem eles têm motivo para pânico: a próxima erupção do Cumbre Vieja é esperada para daqui a 10 mil anos. Até lá, muita água vai rolar, mas não por cima de nós.



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