Uber pretende criar táxis voadores até o ano de 2020

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A Uber é uma empresa de tecnologia que sonha alto, e no caso do seu plano de negócios mais recente, essa ideia pode ser tomada de uma forma mais literal. A corporação tem o objetivo ambicioso de trazer táxis aéreos para o público comum até o ano de 2020.

Com mais de 60 milhões de usuários mensais, a Uber acredita que já existe uma demanda por uma opção de transporte aéreo mais rápido para longas distâncias, especialmente se o serviço de “carros voadores” oferecer um preço que seja próximo de um carro UberX.

O anúncio da empresa foi feito durante o Uber Elevate Summit, que aconteceu em Dallas de 25 a 27 de abril. Além de nomear as cidades parceiras, Jeff Holden, diretor de produtos da Uber, apresentou as empresas parceiras da corporação para as primeiras demonstrações da “Uber Elevate Network”, que devem acontecer dentro de três anos.

Esses parceiros incluem um dos fabricantes norte-americanos do tiltrotor militar V-22 Osprey, a empresa brasileira aeroespacial Embraer que produz aviões militares e comerciais e um pequeno fabricante esloveno de aeronaves que já fabrica e vende aeronaves elétricas. Holden disse, no anúncio:

“A Aviação Urbana é um próximo passo natural para a Uber nesta busca, e é por isso que estamos trabalhando para fazer o ‘aperte um botão, faça o seu voo’ uma realidade. Este é o Uber Elevate, e estamos ansiosos para anunciar o primeiro grupo de parceiros da Elevate – um grupo de líderes visionários da indústria e do governo – com quem trabalharemos de perto para tirar essa ideia do papel para a realidade”.

Como seu primeiro passo, a Uber está ansiosa para abandonar o termo “carro voador”, mudando para uma terminologia mais técnica. A motivação da empresa é compreensível, uma vez que o táxi aéreo será na prática algo bem distante do que existe nas histórias de ficção científica.

Visão da Uber para um serviço de carro voador é a de clientes que iriam pegar corridas para os chamados “vertiports”, locais de pouso e decolagem para o seu serviço de táxi aéreo, por onde os usuários poderiam continuar a viagem.

A gigante da tecnologia acredita que pode lançar o serviço com um preço inicial comparável ao seu serviço UberX, atualmente a opção mais barata para clientes individuais, impulsionando o desenvolvimento de aeronaves movidas a eletricidade com vários rotores que podem decolar e aterrissar verticalmente, como helicópteros.

Além disso, a Uber prevê que os custos de produção desses veículos devem cair à medida que as empresas parceiras aumentarem a sua fabricação para níveis semelhantes aos da indústria automobilística, de acordo com a demanda.

Os helicópteros são veículos barulhentos, caros e que contam com sistemas mecanicamente complexos para suportar seus grandes rotores. Em comparação, a Uber e seus parceiros estão procurando aeronaves de propulsão elétrica distribuída (DEP) que utilizariam rotores menores, não muito diferentes do que já existe em drones.

Entre as vantagens de tais aeronaves de propulsão elétrica, temos uma capacidade de voo mais silenciosa, um sistema de controle de voo relativamente mais simples para os pilotos e, possivelmente, custos de manutenção menores devido ao fato de serem menos complexos do que os helicópteros.

Todos esses fatores são importantes para que os táxis voadores sejam rentáveis para as empresas e toleráveis para os residentes das cidades que vivem em áreas próximas do trajeto de voo dos veículos. O objetivo final é que eles eventualmente sejam autônomos, mas a Uber acredita que a primeira geração de táxis seria controlada por pilotos humanos.

As novas parcerias da Uber com companhias de aviação respeitáveis, além de colaborações preexistentes com agências como a NASA, mostram que a empresa certamente tem a intenção de dar o pontapé inicial para o serviço de táxis voadores em grande escala.



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