Vacina da Pfizer: por que ela não deve chegar ao Brasil? Entenda

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O Reino Unido anunciou que começará a distribuir a vacina contra covid-19 fabricada pela Pfizer nos próximos dias. Ela provavelmente não será usada no Brasil, mas por que?

A vacina da Pfizer-BioNtech é uma das mais avançadas entre as que estão sendo desenvolvidas, mas sua aplicação no nosso país depende de questões logísticas que a tornam praticamente inviável.

Um dos desafios que o governo brasileira enfrenta para fechar contrato com uma das vacinas que estão em desenvolvimento para frear a pandemia de covid-19 está na logística.

Basicamente, o problema com a vacina da Pfizer é a temperatura que ela precisa ser mantida, o que é praticamente impossível de ser feito em um país com dimensões como o Brasil.

A maioria das vacinas é mantida em geladeiras comuns, com temperaturas entre 2 e 8 graus. No entanto, a vacina que será aplicada no Reino Unido precisa ser armazenada em uma temperatura de 75 graus negativos.

Isso requer equipamento específico, que torna não só o armazenamento como o transporte das doses bem mais complicados.

A Pfizer afirma que entende a dificuldade e por isso criou um plano logístico que viabiliza o transporte e armazenamento das vacinas através de caixas com gelo seco, por até 15 dias.

De acordo com a fabricante, o governo brasileiro teria simplesmente ignorado ofertas de compra para que o Brasil estivesse entre os primeiros países a receber o imunizante.

Situação complicada

O ministro da saúde, General Eduardo Pazuello, não descarta a compra de nenhuma das vacinas em desenvolvimento.

No entanto, ele demonstrou preocupação em relação a quantidade de doses que cada fabricante poderia disponibilizar, indicando que pelo menos em um primeiro momento, boa parte da população pode não ter acesso a vacina.

As negociações continuam, enquanto a Anvisa e órgãos internacionais validam a eficácia e a segurança das vacinas que estão sendo trabalhadas.

Alguns estados fecharam acordos próprios, como o Paraná e a Bahia com a vacina da Rússia, Sputnik V, e São Paulo com a chinesa Coronavac.



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