Visitantes destroem caixão de 800 anos para tirar uma selfie

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Ninguém deveria precisar avisar isso, mas se você ver placas dizendo que você não deve se aproximar ou tocar nas exposições de um museu, então fique longe delas: um caixão de 800 anos de idade exibido no Prittlewell Priory Museum, em Southend, no Reino Unido, foi danificado após ser atingido por uma criança, tudo por causa de uma selfie.

De acordo com imagens da CCTV, a criança foi colocada depois da barreira protetora pelos seus pais, supostamente, na tentativa de tirar uma selfie deles no caixão. Depois que o caixão foi danificado, a família desapareceu sem relatar o incidente.

Isso deixou a equipe com o trabalho de descobrir e consertar o caixão, que desde então, foi completamente fechado para evitar danos futuros – o que naturalmente significa que outros visitantes não podem chegar perto do artefato.

“O cuidado com as nossas coleções é de suma importância para nós e este incidente isolado tem perturbado o serviço do museu, cuja equipe se esforça para proteger o patrimônio de Southend em nossos locais históricos”, disse Claire Reed, conservadora responsável pela reparação da relíquia.

“Minha prioridade é realizar cuidadosamente o tratamento necessário para restaurar este artefato significativo para que ele continue a ser parte da fascinante história do Priorado Prittlewell”, afirmou.

O priorado foi fundado no século 13 por monges Cluniac – monges interessados em restaurar as tradições da vida monástica antiga, inclusive cuidar dos pobres. Até 100 monges chegaram a viver por lá em certo ponto, dizem os historiadores.

É um pedaço único da história, e o caixão de arenito que foi danificado é o último de seu tipo – o que torna ainda mais desconcertante o motivo pelo qual alguém deixaria seus filhos se sentarem dentro dele, presumivelmente para tirar uma selfie.

“É um artefato muito importante e historicamente exclusivo para nós, já que não temos muitas obras arqueológicas do priorado”, disse Reed.

O caixão foi descoberto em 1921, com um esqueleto dentro, possivelmente os restos de um monge sênior. O artefato foi exibido desde a década de 1920, mas “nada como isso aconteceu antes”, disse Reed à BBC.

Infelizmente, este não é o único exemplo de pessoas que ficam idiotas dentro de galerias de arte e museus. No ano passado, durante a tentativa desajeitada de tirar uma selfie por um frequentador, uma estátua portuguesa de 126 anos foi quebrada de forma irreparável.

No Prittlewell Priory Museum, o dano felizmente não é tão grave assim – o caixão provavelmente pode ser consertado por especialistas por menos de £100 (cerca de R$ 400).

Isso de forma alguma justifica o hábito de atravessar barreiras protetoras e tocar em artefatos antigos quando você sabe que não deveria fazer isso.

“Você pode colocar todas as ferramentas de proteção das obras no local, mas você realmente não imagina que as pessoas vão tentar entrar nos artefatos”, disse Reed.

ScienceAlert



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