A polêmica sobre quem realmente inventou o avião permanece até hoje. Foram os americanos irmãos Wright ou o brasileiro Santos Dumont?
Na verdade, o desenvolvimento das aeronaves como conhecemos hoje é resultado de uma soma de esforços de algumas das mentes mais brilhantes do fim do século XIX e início do século XX, dos dois lados do atlântico e nos dois hemisférios.
Antes da invenção do avião, a primeira invenção humana a ganhar os céus foi o balão de ar quente, demonstrado pela primeira vez em 1709 pelo brasileiro Bartolomeu de Gusmão.
O veículo foi aprimorado em 1783 pelos irmãos Montgolfier, da França, e posteriormente acabaria originando os dirigíveis, mais conhecidos hoje como zepelins. Nossos personagens principais só iriam entrar nessa história a partir do final do século XIX.
Entre 1891 e 1896, o alemão Otto Lilienthal realizou experimentos bem-sucedidos com planadores, até que um deles o vitimou. Seu legado foi aproveitado pelos irmãos americanos Wilbur e Orville Wright, que pretendiam realizar o primeiro voo com um objeto mais pesado do que o ar, ao contrário dos balões.
Mais ou menos na mesma época, o brasileiro Alberto Santos Dumont fez seu primeiro voo de balão e passou a se dedicar à criação de um aparelho capaz de voar, também sendo mais pesado do que o ar.
Mas quem conseguiu primeiro?
Os aparelhos desenvolvidos pelos irmãos Wright e Santos Dumont eram essencialmente diferentes, no entanto, o primeiro a obter êxito com sua invenção foi Santos Dumont.
A prova disso é que após o sucesso dos irmãos Wright em solo americano, o jornal americano Dayton Daily News noticiou “rapazes de Dayton emulam o grande Santos Dumont”.
A invenção dos americanos levantava voo com o auxílio de uma catapulta, enquanto o avião brasileiro era autônomo, funcionando totalmente apenas com seu motor.
Outros aviadores começaram a construir máquinas similares após o voo do 14 Bis e em 1908 Wilbur Wright levou um de seus modelos para a Europa, iniciando assim a produção de aeronaves em escala industrial, algo que pouco tempo depois chamaria a atenção da indústria bélica, infelizmente.