Quem está acompanhando as Olimpíadas certamente já se deparou com atletas disputando alguma modalidade sob a sigla ROC, mas o que é isso?
Esses atletas disputam os jogos de Tóquio 2020 sob a bandeira do Comitê Olímpico Russo, já que estão impedidos até 2022 de representar a Rússia como país em qualquer competição internacional, não só nos Jogos Olímpicos.
ROC é a sigla em inglês para Russian Olympic Comitee, ou Comitê Olímpico Russo, nome que está sendo ouvido nas transmissões das Olimpíadas neste ano.
A origem dessa mudança aconteceu em 2019, quando a Rússia foi pêga em um gigantesco esquema de fraude de exames anti-doping em diversas competições. Até membros do governo estavam envolvidos na maracutaia.
Dessa forma, a bandeira e os símbolos da Rússia estão proibidos de serem representados até 2022. Os atletas russos não envolvidos no escândalo podem competir sob a bandeira do ROC e até o hino russo teve que ser substituído, adotando-se um trecho do “Concerto para Piano No. 1” do compositor russo Pyotr Tchaikovsky.
Na Copa do Mundo de 2022, a Rússia deve ser representada apenas pela Federação Russa de Futebol.
O mesmo já ocorre atualmente na Fórmula 1, onde o piloto russo Nikita Mazepin, da equipe Haas, disputa o campeonato sob a bandeira da Federação Russa de Automobilismo. A ironia fica por conta de sua equipe, que traz as cores da bandeira russa, devido a um patrocinador.
Olimpíadas: os “sem país”
A bandeira do ROC não é a bandeira da Rússia, apesar de trazer as mesmas cores na chama olímpica ilustrada no desenho, além dos aros que servem de logo em todas as Olimpíadas.
Mas esse não é o único caso de atletas que competem sem representar um país, algo comum em várias edições dos Jogos Olímpicos.
Uma das delegações é a dos Atletas Refugiados Olímpicos, que fez sua primeira participação nos jogos do Rio de Janeiro, em 2016.
Ela é composta por competidores de vários países, que por questões políticas e outros motivos, não podem representar suas respectivas nações nos jogos.