O mundo acompanha com atenção o que está acontecendo na Ucrânia, mas o país do leste europeu não é tão conhecido assim para muitas pessoas.
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Ele fez parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que existiu até 1991. Desde então, é um país livre, mas a Rússia reivindica pelo menos uma parte do território, que tem maioria cultural russa na população.
A Ucrânia é o segundo maior país da Europa em área, perdendo apenas para a Rússia – e faz fronteira com ela, além de Belarus, Polônia, Hungria, Eslováquia, Romênia e Moldávia. O tamanho da Ucrânia (603.548 km²) é só um pouquinho maior que o estado brasileiro de Minas Gerais (586.521 km²).
Veja a posição do país no mapa, em infográfico elaborado pelo portal ‘G1’:
Sua capital, Kiev (ou Kyiv, no dialeto local), é tida como o local de origem do antigo povo Rus, um ramo dos eslavos dos quais se originam os russos atuais, bem como os ucranianos.
Esse passado compartilhado é uma parte importante do problema atual. Em discurso recente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu a entender que a Ucrânia, assim como outros países que fizeram parte da antiga URSS, são território russo por direito.
Como justificativa, ele cita essas origens antigas dos povos da região, incluindo posses do antigo Império Russo, controlado pelos Czares, que existiu até o início do século XX.
Boa parte da população ucraniana, especialmente no leste do país, nas regiões de Donetsk e Luhansk, se considera culturamente russa, o que vez com que Putin reconhecesse sua independência.
A outra parte dos ucranianos, nacionalistas, também é criticada por conter grupos abertamente neonazistas entre suas fileiras.
Ucrânia, OTAN e o resto do mundo
A invasão da Ucrânia pela Rússia tem como principal motivação o desejo de que o país entre para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), um grupo de países criado pelos Estados Unidos, que tem um pacto de retaliação caso um deles seja atacado.
A organização foi criada no início da Guerra Fria, como maneira de frear o comunismo da URSS na Europa.
Com uma possível entrada da Ucrânia na OTAN, a Rússia ficaria “cercada” por esses países, o que não é de seu interesse.
Outras questões envolvem ainda o fornecimento de gás natural da Rússia para o resto da Europa, através de gasodutos que passam em território ucraniano e dos quais a Ucrânia lucra diretamente.
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