O cérebro é um órgão que nos surpreende cada vez mais. Em meados de 2018, um menino americano de sete anos acabou perdendo 1/6 dele após uma cirurgia, mas seu cérebro encontrou uma forma de contornar o problema e, hoje, o garoto consegue tocar uma vida comum.
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O estudo que fez a divulgação desse caso revelou que o menino, chamado apenas de “U.D” precisou passar por uma lobectomia, cirurgia que consiste na retirada de um lobo do cérebro, para remover um pedaço do hemisfério direito do órgão, como forma de controlar as constantes convulsões que o garoto tinha.
Essa parte do cérebro que foi removida do menino é muito importante para a visão e o processamento de palavras. E apesar de soar algo assustador, esse tipo de cirurgia costuma interromper as convulsões de seus pacientes.
E foi justamente o que aconteceu com o garoto, solucionando o problema. Apesar dele ter perdido a visão do seu olho esquerdo, o hemisfério esquerdo do órgão encontrou uma forma de compensar a perda, como ajudá-lo a reconhecer as faces de pessoas e objetos, coisas que estavam sob responsabilidade da parte que foi removida na cirurgia.
“O único déficit é que ele não tem o seu campo visual completo. Quando ele está olhando para frente, a informação visual do lado esquerdo não é processada, mas ele ainda consegue compensar isso ao virar a cabeça ou mexendo os olhos”, disse a neurocientista Marlena Behrmann.
“Ao analisarmos as mudanças no cérebro de U.D, conseguimos notar que as demais partes do cérebro se manteram estáveis e conseguiram se adaptar com o tempo. Isso mostra como que o cérebro consegue reorganizar as funções visuais do córtex”, complementou a pesquisadora.
E apesar de ter pedido parte da visão, U.D parece não ter sido afetado pela perda de 1/6 do seu cérebro. Antes e depois da cirurgia, ele manteve um Q.I médio para sua idade e a sua linguagem e percepções visuais estavam apropriadas para um menino de sete anos.
Tudo foi descoberto após diversos testes em máquinas de ressonância magnética. E a revelação pode ser importante para a medicina compreender o desenvolvimento do órgão em crianças.
“Essas descobertas mostram a caracterização detalhada da plasticidade do sistema visual durante o desenvolvimento do cérebro de uma criança”, disse Behrmann.
Por fim, esse caso, no fundo, é apenas mais um que mostra como nosso cérebro é incrível. Por exemplo, há dois anos, pesquisadores chineses ficaram em choque ao descobrir que uma mulher de 24 anos vivia sem o cerebelo e que ela sequer tinha noção de sua condição, pois vivia uma vida normal como qualquer pessoa.
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