Um estudo publicado no jornal The New York Times está causando revolta no sul do Brasil e outras partes da América do Sul, ao associar o chimarrão ao câncer.
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De acordo com a matéria, uma cuia do famoso preparado com erva mate, pode equivaler a fumar 100 cigarros e aumentaria drasticamente o risco de câncer em várias partes do corpo, especialmente no esôfago.
Antes que todo o Rio Grande do Sul declare guerra ao jornal americano, é preciso entender de onde vem a informação.
A matéria tem um tom sensacionalista e cita um estudo realizado em 2008, que cita a existência de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, ou PAH, na sigla em inglês, substâncias que colaboram para o surgimento de câncer, na famosa bebida.
O estudo, que contou até mesmo com pesquisadores gaúchos, cita uma alta taxa de câncer entre os “viventes” que estão sempre carregando sua cuia e sua bomba – não importa o quão calor esteja! – mas as coisas não são simples assim.
A pesquisa leva em conta ainda o consumo de álcool e tabaco, muitas vezes consumidos juntos ou até em quantidade maior do que o chimarrão.
Dessa forma, é preciso receber a informação com cuidado. O sulista, que não pararia de beber chimarrão nem mesmo se fosse venenoso, pode continuar apreciando sua bebida tranquilamente. No entanto, é bom tomar cuidado com apenas um detalhe no preparo do mate.
Capaz… chimarrão causa câncer?
O professor Renato Fagundes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi um dos que participou da pesquisa em 2008 e garante que não há motivo para alarme. No entanto, ele cita um detalhe no preparo do mate que deve ser levado em conta e que, pode sim, facilitar o surgimento de câncer no esôfago.
Trata-se da temperatura da água na qual a erva vai fazer a infusão. Tradicionalmente, no Rio Grande do Sul e partes da Argentina e Uruguai, a água do chimarrão é usada muito quente e consumir a bebida – qualquer bebida! – em temperatura muito alta, pode realmente fazer mal para o sistema digestivo.
No Paraguai e partes da Bolívia e centro-oeste brasileiro, esse problema é menos grave: lá, o chimarrão é chamado de tereré e é servido frio. No Rio Grande do Sul, apesar de ser consumido durante o ano todo, o mate faz mais sucesso quando o frio está de “renguear cusco”.
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