Muito popularizado atualmente na sua modalidade online, os leilões são muito antigos e remontam à época da Grécia Antiga e da Babilônia.
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Da Roma Antiga vem o gestual do aceno para dar lances. E, de lá para cá, muitas coisas inusitadas já foram postas à disposição para serem arrematadas. Hoje, o destaque no cenário leiloeiro são certamente os imóveis, mas nem sempre foi assim.
A primeira casa de leilões do mundo foi estabelecida em 1674, na Suécia, e existe até hoje, assim como as duas maiores casas de leilões do mundo: o Sotheby’s e a Christie’s, inauguradas em 1774 e 1776, respectivamente. Todas são especializadas em arte, peças finas e joias.
No Brasil, os leilões foram regulamentados por lei em 1875. Durante o período colonial, era comum que escravizados e itens confiscados pelo Império fossem postos à disposição dos lances, sendo os primeiros em praça pública. Com o tempo, os leilões foram se popularizando, principalmente na segunda metade do século XX, quando itens usados e carros eram os produtos mais comuns.
A grande revolução no mundo dos leilões veio então em 1995, com o advento do eBay, o primeiro leilão online. Atraindo pessoas do mundo todo, hoje é uma modalidade extremamente bem difundida. Com a popularização, veio também o aumento de itens ofertados e, não raro, excêntricos.
Segundo a Receita Federal, um lote com álbuns de k-pop e teclados de computador foi arrematado por um lance de R$ 27 mil.
Outro lote, com cerca de 612 mil folhas de EVA coloridas, quase 500 mil placas de EVA coloridas e com glitter, foi arrematado por R$ 230 milhões por uma empresa.
E pasme! Até mesmo cabelo humano, mais precisamente 800 kg, foi arrematado por mais de R$ 1 milhão!
Porém, até mesmo países inteiros foram postos à disposição dos leiloeiros. Em 2008, em meio a uma turbulência econômica, a Islândia foi leiloada “por brincadeira” por um cidadão inglês no eBay.
O mesmo já aconteceu com a Nova Zelândia. No entanto, não fica nada perto de quando o Império Romano foi leiloado após seu imperador ter sido morto e todo o império, saqueado.
No imaginário popular, obras de arte são os grandes itens dos leilões. O quadro Salvator Mundi, o último feito por Leonardo da Vinci, foi até hoje o quadro mais caro do mundo a ser arrematado. Leiloado pela Christie’s, foram necessários 53 lances para enfim ser arrematado por cerca de US$ 450 milhões em 19 minutos!
Mas quem não se interessa muito por arte pode optar então por comprar uma ilha ou quem sabe um atum gigante. Uma ilha em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, foi arrematada por R$ 25 milhões: Nela está instalada uma casa de alto padrão de nove suítes, piscinas e até mesmo um heliponto. O atum de 222 kg, por sua vez, foi arrematado no Japão em 2013 por mais de US$ 1,7 milhão.
Até mesmo um lenço de papel utilizado pela atriz Scarlett Johansson já foi arrematado por cerca de US$ 5.300.
No Brasil, um chiclete mascado por Cauã Reymond foi arrematado por R$ 349. Porém, mesmo quem opta pelo tradicional leilão de imóveis também tem seu espaço garantido em meio a tantas extravagâncias.
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