A cidade de Petrópolis (RJ) enfrentou duras tempestades em fevereiro de 2022 e a tragédia registrou inúmeras mortes. Com isso, na época, a família real brasileira se manifestou por meio de uma carta que dizia “orar pelas vítimas”.
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A manifestação da realeza fez com que a palavra ‘laudêmio’ se posicionasse como um dos assuntos mais falados das redes sociais, já que muita gente não fazia a menor ideia de que os cidadãos pagam um imposto exclusivo aos descendentes de Dom Pedro.
Laudêmio: taxa à família real em Petrópolis
Apesar do restante do país seguir em outra linha, os moradores de Petrópolis pagam as taxas criadas por Dom Pedro II – chamada de laudêmio, também conhecida como a ‘taxa do príncipe’.
Essa taxa foi criada durante o Brasil Império e direcionada à cidade em que foi considerada como um refúgio de lazer do Imperador a ponto de receber o apelido de ‘Cidade Imperial’ – usado até hoje. Além disso, a Coroa distribuiu lotes da Fazenda do Córrego Seca aos imigrantes da região.
Em troca pelos terrenos, os imigrantes deveriam pagar uma taxa caso vendessem o imóvel – assim, o laudêmio obriga que os munícipes direcionem 2,5% do valor da venda aos descendentes.
Quem são os beneficiários?
Atualmente, o laudêmio beneficia a família Orleans e Bragança, mas é recolhida pela Companhia Imobiliária de Petrópolis, administrada por herdeiros da família real, que governou entre 1822 e 1889.
Vale ressaltar que a “monarquia” também está longe de seu fim na região, já que os descendentes insistem em manter seus títulos, como também ocorre na França, Itália, Alemanha e na Rússia.
Além disso, se um governo imperial parece distante, isso não significa que a família real não tem estado ativa na política republicana. Luiz Philippe de Orléans e Bragança, um dos príncipes imperiais, foi eleito deputado federal em 2018, pelo PSL.
Comandada por ele, há ainda uma bancada monarquista no Congresso, composta por pelo menos mais 5 deputados, além de simpatizantes da causa em outros cargos do governo.
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