Saara: quando o maior deserto do mundo era verde e úmido

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O deserto do Saara, no norte da África, é uma imensidão de areia e terra seca, com alguma pouca vida persistente, mas nem sempre foi desse jeito. O que hoje é o maior deserto quente do mundo já foi cheio de vegetação, vida pulsante e acredite, era um lugar úmido. Isso foi há muito tempo, mas alguns de nossos antepassados chegaram a conhecer esse cenário que hoje em dia é simplesmente impensável.

O chamado Saara Verde ou Saara úmido existiu entre 5 e 10 mil anos atrás. A região contava com 20 vezes mais chuvas do que a escassa média atual, que varia entre 35 e 100 milímetros por ano, além dos ventos fortes e constantes. Cientistas até hoje realizam estudos para tentar entender como era o clima do norte do continente africano naquela época e por que ele ficou tão árido como o vemos hoje.

A região possuía na época uma vegetação que pode ter sido similar a outros dois ecossistemas africanos, o Sahel, que fica logo ao sul do Saara e é considerado um local de transição entre o deserto e as savanas, e o Serengueti, planícies arborizadas que ficam na Tanzânia e parte do Quênia. Pinturas rupestres encontradas no deserto evidenciam a presença de animais como girafas, crocodilos e rinocerontes, além de uma grande variedade de peixes.

O deserto vai virar bosque?

As mudanças climáticas no Saara aconteceram devido a vários fatores, entre eles o fim da última era glacial, uma aproximação maior dessa parte do planeta em relação ao Sol no verão e também parece obedecer a um ciclo. Antes desse último período úmido, há cerca de 125 mil anos, o Saara também passou por um período de vegetação e fauna abundantes.

Dessa forma, não é descartada a possibilidade de que daqui a alguns milhares de anos o verde volte a tomar conta do deserto. A diferença é que agora o fator humano também é determinante, o que torna qualquer previsão difícil de ser feita.



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