Um vírus parente do Ebola, com alta taxa de mortalidade, está chamando a atenção dos cientistas na Guiné e outras partes da África Ocidental.
Conhecido como Vírus de Marburg, ele não é exatamente novo, mas vem causando cada vez mais problemas desde sua descoberta, em 1967, e teve uma morte recente confirmada na Guiné, o que levanta a atenção da comunidade internacional.
Laboratórios da Guiné e do Senegal confirmaram que a morte registrada foi causada pelo Vírus de Marburg, no que pode significar o início de um novo surto da doença.
Ao todo, foram identificados 12 surtos, com o primeiro iniciado em 1967, na Europa, quando trabalhadores de Marburg e Frankfurt, duas cidades da Alemanha, tiveram contato com um macaco originário de Uganda.
Embora os surtos da doença de Marburg não sejam tão mortais em quantidade, com os piores exemplos tendo ocorrido já nos anos 2000 – com 128 (Congo) e 227 mortes (Angola) – o que chama a atenção de todos é a alta taxa de mortalidade da infecção.
Ela é calculada em cerca de 88%, sendo extremamente alta, embora o vírus em si não seja tão transmissível, como ocorre com a Covid-19, por exemplo.
O Vírus de Marburg é um filovírus, a mesma família do Ebola, que já causou tantos problemas na África, o que faz com que as atenções ao novo possível surto sejam ainda maiores.
Das pessoas que tiveram contato com o morto, 150 estão em observação, com pelo menos 4 casos altamente prováveis, incluindo um profissional de saúde.
Sintomas e transmissão do vírus
Por ser “parente” do Ebola, o Vírus de Marburg causa sintomas muito parecidos com a doença mais famosa. Entre eles, é possível incluir febre, dor de cabeça, sangramento interno ou externo e falência de órgãos.
Assim como o Ebola, os morcegos frutíferos também estão entre os principais veículos de transmissão conhecidos até agora, além dos macacos e primatas em geral.
Já entre humanos, o vírus pode ser transmitido em contato da pele com mucosas e fluídos corporais de pessoas infectadas.