Em tempos conturbados na política nacional, pode ser difícil imaginar o Brasil sendo governado por um rei ou imperador, mas para alguns essa é a solução. Os movimentos a favor do retorno da monarquia no Brasil têm ganhado força nos últimos anos, buscando preencher lacunas que a política republicana tem deixado em aberto.
No entanto, tudo parece ainda distante, embora os monarquistas não percam as esperanças.
Os movimentos a favor da monarquia no Brasil existem, de fato, desde que a monarquia foi derrubada pra a instauração da república, no final do século XIX. Esses movimentos permaneceram mais ou menos ativos durante praticamente todo o século XX, mas tiveram dois momentos de destaque.
O primeiro, em 1993, quando um plebiscito foi feito para que fosse escolhido o tipo de governo: presidencialismo, parlamentarismo ou monarquia.
Para a surpresa de muitos, 13,4% da população votou pela restauração da monarquia no Brasil. Esse plebiscito certamente foi um gatilho para o crescimento dos movimentos monarquistas e em 2011 já haviam partidos políticos abertamente monarquistas.
Hoje, esses grupos, todos ligados à Casa Imperial do Brasil, fazem coro a muitos políticos de extrema direita, aproveitando o crescimento do conservadorismo no Brasil e ao mesmo tempo com grande apoio das redes sociais.
Que rei sou eu?
Embora não seja muito conhecida do grande público, a linhagem da família real brasileira, ou seja, os descendentes de D. Pedro II, continuam se organizando na Casa Imperial Brasileira, hoje chefiada por Luíz Gastão de Orléans e Bragança.
Ele seria o imperador se a monarquia no Brasil fosse restaurada e reinaria como D. Luiz I. Como curiosidade, há o fato de que Dom Luiz não é natural do Brasil, tendo nascido em Mondelieu, na França.
Porém, se um governo imperial parece distante, isso não significa que a família real não tem estado ativa na política republicana. Luiz Philippe de Orléans e Bragança, um dos príncipes imperiais, foi eleito deputado federal em 2018, pelo PSL.
Comandada por ele, há ainda uma bancada monarquista no congresso, composta por pelo menos mais 5 deputados, além de simpatizantes da causa em outros cargos do governo.