10 pensamentos populares de 10 anos atrás que se tornaram ultrapassados

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Não é preciso voltar muito no tempo para perceber como certas coisas, que eram comuns e muito populares, acabando se tornando obsoletas e completamente esquecidas. Sim, 10 anos parece pouco, perto de 20, 25 ou 50, mas já parou para pensar que em 2007, todo mundo queria ter um ringtone em seu celular?

Sim, 2007 não está tão distante assim, mas muita coisa já mudou, de lá pra cá. Confira abaixo 10 coisas e pensamentos populares de 10 anos atrás que se tornaram ultrapassados

10) Os ringtones salvariam a indústria musical

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Você se lembra da época em que a música mais recente de trabalho de uma banda se tornava um ringtone? Há 10 anos, soava legal fazer todos a sua volta escutarem trechos de canções toda vez que alguém te ligava ou enviava uma mensagem. E nada melhor que um Motorola Razr para tocá-los.

Os ringtones se tornaram uma febre, e se transformaram em um grande negócio há 10 anos. Como a industrial musical sofria nas mãos da pirataria e das vendas digitais, os ringtones pareciam um sinal de esperança. Por exemplo, o single Hung Up, da cantora Madonna, foi introduzido como ringtone antes mesmo de ser lançado, e muitos especialistas acreditavam que seria algo que ia durar por muito tempo.

Só que aí o iPhone foi lançado, seu celular também se transformou em MP3, e por algum motivo, descobrimos como era estúpido e brega tocar um trecho de 30 segundos de uma música a cada ligação que recebíamos. Foi o suficiente para decretar a morte dos ringtones.

9) O iPhone seria um fracasso

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O objeto de desejo de 9 a cada 10 pessoas foi visto com maus olhos, após o seu anúncio. Quando o iPhone foi lançado, parecia ridícula a ideia de que um celular tivesse tantas finalidades. Sim, olhar seu e-mail seria ótimo, mas o que mais poderia ser feito no seu celular?

Um famoso site de tecnologia dos Estados Unidos, chamado Tech Crunch, também citava outros três motivos para afirmar que o iPhone seria um desastre: sua tela de vidro seria muito frágil (sim, isso acontece, mas nunca impediu ninguém de querer comprar um iPhone); o seu teclado era ridículo e as pessoas ainda iam preferir comprar um iPod.

Nem é preciso dizer como isso soa absurdo e ridículo, 10 anos depois.

8) A pornografia salvaria o DVD

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No final da década passada, havia uma briga de formatos de armazenamento de dados, no caso, o DVD contra o Blu-ray. Para contra-atacar, o DVD lançou o HD-DVD, que era outra versão sua, só que em alta definição. Mas o Blu-ray tinha a vantagem de rodar também em um PlayStation, por exemplo.

Só que algumas pessoas pensaram que a indústria pornográfica salvaria o DVD. O motivo? Diversos estúdios do ramo foram os primeiros a adotar o formato HD-DVD, e que ele poderia virar o jogo nesse duelo.

Isso sem contar a lenda de que a pornografia ajudou a decretar o fim do formato Betamax, após decidir utilizar o VHS. Só que essa parceria durou pouco. Filmes pornográficos em Blu-ray venderam muito mais rápido do que em HD-DVD. O resto é história.

7) O Myspace não seria superado por ninguém

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Um artigo divulgado em 2007 pelo jornal The Guardian dizia o seguinte: “O MySpace irá perder seu monopólio?” Dez anos depois, é difícil acreditar nisso. Apesar de não ter feito muito sucesso no Brasil, nessa época, a rede social era mais popular que o Facebook e o Youtube nos EUA, justamente por ser uma mistura dos dois.

Só que aí o Twitter apareceu, e o Facebook estava mais bem preparado para competir, já que ele não estava distraído tentando ser um Youtube. A rede social criada por Mark Zuckerberg foi crescendo constantemente nesse terreno e se tornou sua principal referência, deixando o Myspace às moscas.

Sim, o Myspace não morreu por completo, mas está longe de reviver o seu auge de 10 anos atrás.

6) Os mundos virtuais iriam dominar tudo

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Em 2007, o jogo Second Life já estava presente no mercado há algum tempo. Muitas pessoas ainda não tinham certeza para o que ele servia, mas já imaginavam que ele ia dominar o mundo real. As redes sociais ainda estavam em crescimento (e ninguém imaginava que se tornariam tão grandes), então muitos especialistas acreditavam que os mundos virtuais seriam o próximo passo. O Second Life já tinha sua própria economia, que possuia transações entre moedas reais e virtuais.

Infelizmente, tal ambiente ainda permanece no reino das histórias cyberpunk da década de 90 do que parte do mundo real. A realidade virtual ainda dá a muitas pessoas náuseas e dores de cabeça, e até mesmo os mais velhos usam as redes sociais, então se tornaram mais amigáveis e menos tecnológicas. Agora, gastamos dinheiro real no virtual em jogos como Pokémon Go e Angry Birds. Um pouco triste, se tratando do potencial que tinha.

5) As pessoas eram preguiçosas demais para produzir conteúdo na internet

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O site Tech Crunch foi o responsável por afirmar, no item 9 da lista, que o iPhone seria um fracasso. E também afirmaram que a preguiça das pessoas iria terminar com a criação de conteúdo na internet. Não é uma lógica errada, já que é normal as pessoas se cansarem de certas coisas e modismos. Então, faria sentido que as pessoas se cansassem de fazer vídeos para o Youtube ou atualizar seus perfis nas redes sociais.

Só que o Tech Crunch não previu o fato de que as pessoas adoram se mostrar na rede, bem como expressar sua opinião para o mundo. Eles também imaginaram que os dias da Wikipédia estavam contados, justamente por conta da preguiça das pessoas em produzirem conteúdo.

Nem é preciso dizer que foi outra previsão equivocada. Sim, muita gente desanima de atualizar perfis ou fazer vídeos para o Youtube, mas ainda há quem dedique seu tempo para postar conteúdo interessante e relevante na internet. Sem contar o fato de as pessoas podem postar seus sentimentos e opiniões sobre certo assunto, e ainda há a possibilidade de fazer isso de forma anônima.

4) O gelo do ártico derreteria logo

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2007 foi, de fato, um ano péssimo para as geleiras do Ártico, pois cientistas previram que em menos de uma década, pinguins e ursos polares teriam de se mudar para praias. Para nossa sorte, essa previsão se mostrou equivocada.

Isso também não significa que você precise utilizar isso como argumento para dizer que as mudanças climáticas são conversa furada, pois a preocupação ainda é grande. O único ano em que a perda de gelo foi semelhante à de 2007 foi justamente ano passado, que se tornou a segunda pior marca desde que as medições começaram.

3) O álbum In Rainbows, do grupo Radiohead, iria acabar com a indústria musical

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Há 10 anos, a banda Radiohead chocou o mundo da música com o lançamento do álbum In Rainbows. Antes de vendê-lo fisicamente, o grupo o disponibilizou por meio de um download digital, e os fãs podiam pagar o preço que quisesse nele. Independente se gastou 50 dólares ou não, qualquer pessoa teria a mesma quantidade de canções. Muitas pessoas parabenizaram a atitude do Radiohead, por fugirem das grandes gravadoras.

Por conta disso, muita gente acreditou que isso seria o fim da indústria fonográfica. O jornal Sunday Times disse que esse era “o dia que a indústria musical morreu”. O The Guardian foi mais além, e afirmou que isso também decretaria a morte de músicos em crescimento. Afinal, uma banda famosa como o Radiohead poderia fazer uma turnê e ganhar dinheiro, mas bandas de garagem não teriam a mesma chance.

Só que a chegada do Spotify e outros serviços de streaming diminuiu consideravelmente as vendas do sistema inovador lançado pelo Radiohead. Ironicamente, a própria banda se recusa a colocar suas músicas na plataforma, pois seus integrantes afirmaram que é um péssimo negócio para os artistas.

2) O Wii era o futuro da indústria dos games

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A Nintendo já colecionou vários altos e baixos nos últimos anos, mas a empresa pensou que seus dias de glórias voltariam com o lançamento do Wii. O console foi um sucesso imediato, enquanto que o PlayStation e o Xbox precisaram baixar seus preços para contra-atacar.

Pessoas amaram os controles sensíveis ao movimento do Wii, e seus jogos, como o Wii Fit, se tornaram mania. Até mesmo asilos começaram a comprar o console, como forma de distrair seus moradores.

Para ganharem terreno novamente, o PlayStation e o Xbox começaram a lançar títulos mais chamativos. Ainda assim, a Nintendo não se mostrou muito preocupada, e imaginou que o Wii, mesmo com seus gráficos moderados e variedade limitada de games, já seria o suficiente. Mas não foi. Enquanto seus rivais evoluíam, o Wii permaneceu o mesmo, e as pessoas enjoaram de jogar tênis ou boliche nele. Em 2013, sua produção foi oficialmente encerrada pela Nintendo.

1) A tecnologia de reconhecimento de voz em carros iria funcionar

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Há 10 anos, a Ford e a Microsoft lançaram o Sync, um sistema de entretenimento para carros que permitia o usuário conectar seu celular ao sistema por meio de Bluetooth, e tinha um display eletrônico. É algo com o qual já estamos familiarizados, pois os carros de hoje já vem equipados com esse sistema, que funciona bem.

Mas a Ford também lançou um sistema de reconhecimento de voz, que acreditava ser revolucionário. A empresa afirmava que você poderia pedir para seu carro tocar músicas apenas com o comando de sua voz. Então, bastava apenas dizer o nome da banda, artista ou canção e pronto, estava resolvido. E como muitos já devem ter imaginado, não funcionou muito bem.

O reconhecimento de voz está presente em muitos carros atuais, mas longe de ser o sistema revolucionário prometido há 10 anos. Tente fazer isso no seu carro, e você passará tanta raiva que poderá causar um acidente. Até mesmo um programa avançado como a Siri, do iOS, obedece seus comandos, mas após você repetir a mesma sentença umas dez vezes.

O reconhecimento de voz está melhorando aos poucos, mas pouco evoluiu desde que surgiu, há 10 anos.

Fonte: Grunge
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