Também chamados de fósseis-vivos, esses animais pré-históricos possuem a mesma forma e estrutura de seus fósseis encontrados há milhões de anos. Isso quer dizer que eles não sofreram nenhuma mutação.
Muitas vezes, esses animais sobreviveram por estarem em um ambiente em que estão longe da ação humana, como em águas profundas ou no subsolo.
Confira 5 animais pré-históricos que estão vivendo até hoje:
1 – Tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus)
Também chamado de tubarão enguia, esta espécie possui cerca de 80 milhões de anos.
Acreditava-se, até 2007, que o tubarão-cobra estava em extinção, mas ele foi filmado em águas profundas do Japão no dia 24 de janeiro de 2001.
Recentemente, em 18 de agosto de 2016, um exemplar foi apanhado em Algarve, Portugal, em uma profundidade de 1200 metros.
Em janeiro de 2015, outro exemplar foi capturado por um pescador em águas de Victória, na Austrália.
Esses animais com os dentes afiadíssimos em forma de tridente, habitam em águas profundas (entre 600 e 1500 metros) e possuem cerca de dois metros de comprimento.
2 Límulo (Limulus polyphemus)
Também conhecido como caranguejo-ferradura, este artrópode quelicerado é o representante do mais antigo grupo de animais que vivem sobre a Terra, que são os Merostomata.
Os límulos surgiram há cerca de 400 milhões de anos e, normalmente, podem ser encontrados no Golfo do México e ao longo das costas do Atlântico Norte.
O habitat dos límulos são as águas marinhas costeiras rasas e fundos arenosos e lodosos.
Uma peculiaridade desses animais pré-históricos é a capacidade de regeneração de membros perdidos, semelhante às estrelas-do-mar.
3 – Rã roxa (Nasikabatrachus sahyadrensis)
Este anfíbio foi descoberto em 2003 e após estudos descobriu-se que ele vive na Terra há cerca de 100 milhões de anos.
Esta rã passa a maior parte do tempo no subsolo e só emerge para o acasalamento. Por isso, passou centenas de anos despercebido por biólogos e pesquisadores.
Em relação aos outros sapos, a rã roxa possui uma cabeça menor e o corpo mais arredondado. A espécie pode ser encontrada no sul da Índia
4 – Celacanto (Latimeria)
Acreditava-se que os celecantos estivessem extintos, mas em 1938 esses peixes foram redescobertos no litoral da África do Sul.
Há duas espécies vivas de celecantos, que são: Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis. Esses peixes são encontrados ao longo da costa do Oceano Índico.
Acredita-se que o celecanto tenha evoluído para o estado em que se encontravam há aproximadamente 400 milhões de anos.
Uma das principais características desse peixe pré-histórico são as barbatanas pares, que são peitorais e pélvicas. Essas barbatanas se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres.
Quando adultos, esses peixes medem até 2 metros de comprimento. Eles são os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.
5 – Bicho-pau da Ilha de Lord Howe (Dryococelus australis)
Também conhecido como lagosta-das-árvores, este animal foi considerado extinto em 1920, após uma infestação de ratos na ilha em que viviam.
Mas, em 2001 esta espécie foi redescoberta em outra ilha australiana, tendo apenas 24 indivíduos restantes. É uma das espécies de insetos mais raras do mundo.
As fêmeas podem atingir até 12 cm de comprimento, os machos são um pouco menores. São conhecidos por terem um comportamento bastante diferente dos demais insetos, onde machos e fêmeas vivem juntos e o macho segue as fêmeas em suas atividades, até dormindo juntos.
Acredita-se que este inseto tenha coexistido junto com os dinossauros durante o período jurássico, há cerca de 200 milhões de anos.