Decomposição e ‘pele líquida’: 10 fatos assustadores sobre cadáveres

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Encontrar um cadáver humano é uma cena que, com certeza, deixa muita gente por aí assustada e até traumatizada. Mas para outros, é algo até corriqueiro ter de lidar com cadáveres, como policiais civis e médicos legistas, por exemplo.

Além disso, estudar a anatomia de corpos recentemente mortos foi fundamental para melhorar nossa compreensão sobre o assunto durante toda a história.

E você, por acaso já imaginou o que acontece em um cadáver durante todo o processo de decomposição de um corpo humano? Confira abaixo 10 curiosidades e fatos assustadores sobre o assunto.

10) Amigos e família

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Mesmo aqueles que se consideram fortes na hora de ver um cadáver podem ficar um pouco perturbados em ver amigos e familiares mortos. Só que as leis arcaicas do passado, por exemplo, evitavam o uso de corpos para estudos médicos, então era difícil conseguir um cadáver para estudar. William Harvey, a primeira pessoa a descrever a circulação sanguínea, fez isso no corpo de seu próprio pai pelo bem da ciência, por exemplo.

Assim, nos primórdios dos estudos anatômicos, cientistas tinham de dissecar corpos de amigos e familiares para realizarem suas pesquisas, já que conseguir um corpo recentemente morto era um verdadeiro desafio. Era preciso ter um enorme sangue frio e deixar as emoções de lado.

9) Corpos roubados

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Ainda a respeito do assunto citado acima, também se tornou muito comum o roubo de cadáveres para estudos, especialmente nos séculos 18 e 19. Nessa época, apenas os corpos de criminosos ficavam disponíveis para pesquisas, o que era um verdadeiro problema para cientistas. Assim, muitos se tornaram especialistas em roubar cadáveres recentemente enterrados apenas para ajudar a melhorar os estudos da anatomia humana.

No Reino Unido, uma lei que regulamentava o uso de cadáveres foi aprovada em 1832. Antes disso, um corpo morto, tecnicamente, não pertencia a ninguém. Assim, se o ladrão não pegasse nenhum pertence do cadáver, era algo completamente legal e até mesmo chegou a se tornar uma profissão na época.

8) Temporada dos mortos

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Ainda com relação ao item anterior, o negócio de roubo de cadáveres, como qualquer outro, tinha seus altos e baixos. Um corpo humano se decompõe em ritmo diferente dependendo da temperatura ambiente, o que significa que os especialistas nessa prática tinham de estar atentos com a época do ano. Os meses de inverno, lógico, eram melhores, já que o calor do verão acelera todo o processo de decomposição. Por conta disso, existia a chamada “temporada de roubo de corpos.”

A temperatura é um fator primordial para a decomposição de um corpo, já moscas, larvas e bactérias, que consomem a carne fresca de nossos corpos, não conseguem sobreviver em temperaturas baixas.

7) As moscas

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O motivo que faz muitas moscas serem importantes no processo de decomposição é que carne fresca é um ótimo local para depositar seus ovos. As larvas se alimentam dela para crescerem. Elas são as primeiras criaturas a aparecer diante de um cadáver recentemente morto e costumam causar os maiores estragos.

Por exemplo, um corpo morto recentemente, e que não está enterrado, chega a perder 80% de sua massa em apenas cinco dias graças aos organismos que o consumem. Já um cadáver debaixo da terra pode levar até 25 dias para perder 60% de sua massa.

Por isso que é importante proteger o cadáver de outros animais se for preciso guardá-lo por algum motivo.

6) As larvas

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As larvas são uma importante ferramenta científica para determinar o tempo de morte. A idade delas dá uma ideia aproximada do tempo em que as moscas colocaram seus ovos e por quanto tempo estão andando pelo corpo morto.

Um lado meio assustador e nojento da presença de larvas é que as moscas só conseguem deixar os ovos em partes abertas do corpo. Então, a presença delas é um indicativo de uma ferida aberta em alguma parte do cadáver. Por conta disso, quando não existe um ferimento desse tipo, elas são encontradas na boca, olhos, nariz e ouvidos.

5) Morte por todos os lados

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Conforme um corpo entra no processo de decomposição, não são apenas as larvas e outros animais que ajudam nessa questão. As bactérias também são responsáveis por fazer boa parte desse trabalho sujo.

Isso também eleva os níveis de nitrogênio ao redor do cadáver, o que cria uma zona de morte ao redor corpo, mata a vegetação em seu entorno e deixa uma área completamente negra no local. O responsável por isso são as excretas das larvas, que possuem propriedades antibióticas potentes o suficiente para dimizar com a vida de plantas.

Se um corpo for encontrado assim, já está em avançado estado de decomposição.

4) Putrefação negra

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A putrefação é o estágio da morte em que o corpo é “quebrado” pela decomposição. Nesse estado, o cadáver muda de cor (pode ser vermelho, verde, amarelo ou roxo), mas no final, assume uma coloração negra. E poucos antes disso, é normal o corpo inchar e expandir por conta dos gases liberados pelas bactérias.

Pouco depois, esses gases escaparão de alguma forma. E nesse estágio, a carne já praticamente se tornou um líquido viscoso.

3) Fermentação butírica

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Após a putrefação negra, em seguida vem a fermentação butírica. Nesse ponto, a carne do cadáver já sumiu quase que por completo. Aqui, só existem a pele, cabelos, ossos, além de resquícios de larvas e bactérias.

Aqui, o corpo está plano igual a um disco e cheirando igual queijo, por incrível que pareça. Rapidamente, o cadáver irá se tornar algo completamente sólido, sem qualquer tipo de umidade.

2) Pele líquida

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A chuva pode causar alguns efeitos imprevisíveis em cadáveres humanos. Algumas vezes, pode desacelerar o processo de decomposição, mas em outros casos, o efeito é oposto. Corpos mumificados, por exemplo, podem ser reidratados, o que pode anular toda a mumificação. Ela também permite que vários tipos de criaturas possam se alimentar da carne de cadáveres, contarmos as larvas de moscas, nesse caso.

E a própria água pode decompor um corpo de uma forma distinta. Em alguns casos, quando um corpo é resgatado da água, a pele e partes da carne podem se soltar igual a um líquido conforme o cadáver é retirado do local, o que pode expor as entranhas, que estarão apenas encharcadas.

Se o corpo estiver em terra, o contrário acontece: são os órgãos e entranhas que entram em decomposição primeiro.

1) Fazendas de corpos

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A decomposição já começa apenas quatro minutos após a morte e logo se torna um efeito cascata que pode levar meses para ser concluído.

As famosas fazendas de corpos são os locais de estudo do processo de decomposição. Os cadáveres são colocados em diversas situações para que a ciência melhore sua compreensão a respeito do assunto. E esse conhecimento é fundamental para a ciência forense, que pode descobrir mais detalhes de uma vítima de crime, por exemplo.

Dieta, temperatura, umidade, condições do sol, localização, colocação do cadáver e vida ao redor são fatores importantes para entender como que um cadáver pode se decompor. E só podem ser compreendidos justamente com o corpo de uma pessoa morta. Pode ser algo estranho, assustador e que parece tirado de um filme, mas é necessário para melhorar nossa compreensão sobre a decomposição no corpo humano.



Fonte: Listverse
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