Milagres são eventos divinos que ultrapassam as leis naturais. Quase toda religião possui os seus fatos sobrenaturais. A partir do progresso científico, a maioria dos casos que tinham suas explicações atribuídos às santidades foram desvendados.
Entretanto, há ainda alguns que são fortemente defendidos como milagres pelas igrejas. São casos amplamente controversos. Na maioria das vezes, não é permitido o estudo por cientistas.
Conheça quais são os milagres que ainda levantam questionamento:
1 – Santos eternos
Relata-se que alguns corpos de santos não entram em decomposição. Os fiéis acreditam que tal fenômeno é uma comprovação da santidade dessas pessoas.
Santa Bernadete de Lourdes é um desses casos. Ela morreu em 1879 e em 1909 quando foi exumada seu corpo continuava preservado e sem cheiro de podridão. O corpo foi exumado mais 2 vezes durante o início do século XX e continuava conservado.
A igreja não permite estudos minuciosos do corpo. No entanto, é fato que alguns corpos se mantém preservados por mais tempo quando protegidos da umidade e oxigênio.
2 – Milagre do sol
É também conhecido como Milagre de Fátima, pois foi na cidade portuguesa de Fátima que o fato aconteceu.
A história começou em maio de 1970 quando três crianças disseram ter visto e recebido uma mensagem da Virgem Maria.
A santa disse aos pequenos que reapareceria após seis meses, no terceiro dia do mês. A notícia se espalhou por todos os lados e até jornalistas compareceram ao local indicado pelas crianças na data anunciada. Estima-se que 70 mil pessoas estavam presentes.
Segundo alguns relatos, por volta do meio dia, durante um dia chuvoso, o sol apareceu em formato de um disco giratório que parecia tocar à Terra. A Igreja Católica em 1930 incluiu o evento na sua lista dos milagres oficiais.
Entretanto, nem todos relataram a mesma coisa. Há quem diga ter visto luzes coloridas em forma de espiral. Já outros reportaram que o sol se aproximou da Terra num movimento de “zigzag”. E ainda houveram aqueles que disseram não ter visto nada demais.
Como o evento não foi visto em mais nenhum lugar, poderia ser esse um caso de histeria coletiva, onde as pessoas desejaram tanto ver um milagre que acabaram acreditando tê-lo visto.
Do ponto de vista da ciência, tudo não passou de um fenômeno ótico-meteorológico conhecido como parélio. Este fenômeno ocorre quando cristais de gelo presentes na atmosfera são refletidos pelo sol.
3 – Manto da Virgem de Guadalupe
Em dezembro de 1951, o indígena Juan Diego teria conversado com a Nossa Senhora de Guadalupe.
O homem diz que estava em uma colina próxima à Cidade do México, quando ouviu a Virgem Maria lhe chamando. Ela lhe pediu para dizer ao bispo local que deveria ser construída uma igreja em honra à ela.
Como prova, a Santa também pediu à Diego que colhesse flores e as levasse ao bispo envolta no manto que ela usava. E assim foi feito.
Quando o bispo abriu o manto, estava desenhada a imagem da Virgem nele.
O manto, como ficou conhecido, permanece intacto até os dias atuais. O tecido já foi analisado por diversos cientistas e não há uma explicação concreta acerca da forma como foi pintado e nem de como ainda está preservado.
4 – Sangue de São Januário
Três vezes por ano acontece o suposto milagre da liquefação do sangue de San Gennaro, em italiano.
Este ano, em maio, o próprio Papa Francisco conduziu o milagre, foi a segunda vez na história do vaticano que um pontífice conduziu a cerimônia.
O milagre consiste em agitar um relicário, que de acordo com a igreja católica guarda o sangue de São Januário. O sangue que estava seco se torna líquido com o movimento.
São Januário foi bispo de Benevento, cidade próxima a Nápoles. No ano de 305, durante uma invasão romana contra os cristãos, o bispo foi decapitado.
Este é um dos milagres oficias da Igreja Católica e foi registrado pela primeira vez 1389, quase mil anos após a morte do bispo. O Vaticano nunca permitiu que o fenômeno fosse estudado.
Alguns cientistas acreditam ser um composto químico feito com ferro que se torna sólido quando é agitado.
5 – Santo Sudário
Não se trata exatamente de um milagre e sim, uma relíquia altamente controversa não só da igreja como também da história.
O Santo Sudário, como é conhecido, seria a mortalha que cobriu Jesus Cristo após a sua crucificação. O tecido traz a imagem de um rosto e de um tronco de homem.
As primeiras pesquisas cientificas realizadas concluíram que o tecido é pertencente ao período medieval entre o século XIII e XIV. A igreja alegou que os exames foram feitos não no tecido original, mas em uma parte que havia sido emendada após a original ter sido danificada durante um incêndio.
Já pesquisas mais recentes concluíram que o pano pertencia ao período de 280 a 220 a.C, o que poderia significar que o santo sudário é mesmo verdadeiro.