Vício em jogos de videogames tem se tornado um grande problema, com jogos se tornando cada vez mais imersivos e populares. Na grande maioria das vezes, estes casos estão ligados a jogadores dos famosos MMORPGs, como por exemplo o jogo World of Warcraft. No entanto, como em uma dependência química, o viciado não consegue parar de usar (no caso, jogar), chegando até a se sentir mal quando não está de frente a tela do jogo. E a cada dia que passa, o tempo gasto jogando aumenta cada vez mais e mais.
Aqui estão alguns dos casos mais devastadores de vício em videogames que já foram registrados:
Negligência
Em 2010, promotores sul-coreanos acusaram de negligência um casal por permitir que seu filho morresse de fome enquanto jogava o MMORPG, Prius online. A obscura ironia nisso, é que o casal passava horas em Cyber Cafés (Lan house) criando uma criança no mundo virtual do jogo. É comum ler sobre histórias desse tipo na Coreia do Sul, onde existe uma vasta rede de Cyber Cafés por toda a parte.
Maratonas Prolongadas
Em 2005, o canal “BBC” informou que um homem sul-coreano de 28 anos de idade morreu de insuficiência cardíaca causada por exaustão. Ele jogou o jogo online de estratégia Starcraft, durante 50 horas, com apenas algumas pausas. Presumivelmente, esta não foi a primeira vez que ele participou de uma longa campanha. Vários jogadores chineses e sul-coreanos também morreram em circunstâncias semelhantes. Em 2012, o jornal “United Daily News” relatou a morte de um jogador de 18 anos em Taiwan. Segundo o jornal, o jovem morreu por conta de um coágulo sanguíneo depois de jogar o jogo Diablo III por 40 horas seguidas.
Tudo por Gold
Em 2007, o site de cultura pop “Engadget” noticiou sobre uma jogadora nova-iorquina do jogo World of Warcraft, que colocou um anúncio no site “Craigslist” (uma comunidades online de anúncios), oferecendo serviços sexuais em troca de 5.000 “game gold” (moeda do jogo). Apesar do site Craigslist ter retirdo seu anúncio do ar, ela conseguiu ter sucesso em sua missão. Às vezes as pessoas podem fazer coisas, relativamente, absurdas por dinheiro, e no jogo isso não seria diferente.
Ladrão de Espada
Um jogador chinês foi condenado a prisão perpétua em 2004, depois de esfaquear outro jogador até a morte. Aparentemente, a vítima tinha vendido uma espada virtual que o dono tinha emprestado a ele. A espada era um item raro de um jogo chamado Legend of Mir 3. A venda de itens de jogo é um grande negócio em algumas partes do mundo. As pessoas têm sido presas pela polícia por roubar itens que outros jogadores compraram com dinheiro real no jogo. Um exemplo claro disso, é um caso de 2007, quando a polícia prendeu um adolescente holandês por roubar mobília virtual na rede social 3D, Habbo Hotel.
Homicídio por “causa” do Halo 3
Um tribunal de Ohio, condenou um jovem chamado Daniel Petric a 23 anos de prisão por matar sua mãe e ferir seu pai, de acordo com o site de noticias “Ohio’s Morning Journal”. O “motivo” para este crime hediondo? Seus pais tiraram sua cópia do jogo Halo 3.
Viciado em RuneScape
Um noticiário Australiano informou que, em 2007, os pais de um estudante de 15 anos de idade da cidade de Perth, descobriram o extremo a que o filho chegou, para ocultar seu vício no MMORPGR RuneScape. Ao saber que ele não ia a escola à três semanas, seus pais descobriram que ele fingia ir a escola quando saiam para trabalhar. Ao perceber que estava sozinho em casa, o estudante em vez de se arrumar e ir as aulas, ficava em casa, onde passava horas jogando RuneScape.
Existe um culpado?
Embora, estes exemplos sejam casos extremos, existem pessoas viciados que estão sacrificando seu tempo, prejudicando suas vidas e amizades por conta de seu vício em jogos de videogame. Os cientistas dizem que o vício não está ligado diretamente ao jogo em si, já que pessoas podem se tornar viciadas em qualquer tipo de coisa, desde drogas, remédios, comidas e etc… portanto, não seria justo culpar jogos de videogame por atitudes cometidas por pessoas, pois se uma pessoa pode ser influenciada por algo, ela será, ainda mais em uma medida desregrada, seja jogos ou qualquer outra coisa. Cabe as pessoas que a cercam, tentarem ajudar ou pedir ajuda de outros.
