Um novo estudo realizado pela Universidade de New Brunswick, no Canadá, descobriu que as mulheres agora sustentam “expectativas irrealistas” a respeito do desempenho sexual dos homens na cama, em boa parte por causa da forma que as relações são retratadas no universo erótico.
Em outras palavras, elas acabam com uma visão negativa a respeito do desempenho dos seus parceiros. O Pornhub, o maior site adulto do mundo, revelou recentemente que mais de um quarto de seus visitantes online atualmente são mulheres.
O uso da pornografia é um acessório diário para cerca de 18 por cento das mulheres, sendo que 63 por cento delas possuem o hábito de assistir semanalmente. Nove em cada dez delas preferem assistir vídeos pornôs sozinhas, sem dividir esse momento com um parceiro.
A líder do estudo, Kaitlyn Goldsmith, afirmou que as mulheres esperam que os homens durassem mais na cama e tivessem um órgão maior. “Os órgãos genitais [na pornografia]podem ser alterados digitalmente ou cosmeticamente, aparentando um tamanho maior do que o tamanho médio do pênis”.
“As relações sexuais também parecem durar mais do que a média, com os homens sustentando ereções por mais tempo, e as mulheres experimentando orgasmos com maior facilidade do que nos encontros do mundo real”, afirmou a pesquisadora.
O estudo propõe que a pornografia estava “ligada à insatisfação das consumidoras com a aparência de seus parceiros” e que as mulheres poderiam ter “expectativas irrealistas de desempenho sexual”.
Pessoas que discordam do estudo afirmam que o que aconteceu é que as mulheres passaram apenas por um processo de conscientização sexual, exigindo um nível mais satisfatório para elas, o que no fim das contas deveria ser considerado como algo positivo.
O grupo de aconselhamento Relate afirmou que a presença da pornografia está cada vez mais se caracterizando como um tema de discussão sobre a satisfação das mulheres nos relacionamentos.
“Os conselheiros da Relate estão cada vez mais vendo problemas de relacionamentos envolvendo o desempenho sexual que estão diretamente associados ao uso de pornografia na Internet.
A questão não é a respeito do desenvolvimento de um apetite sexual saudável, ou do hábito de se ter múltiplos parceiros sexuais, mas sobre uma compulsão para continuar retornando a uma atividade que está causando problemas para as pessoas.
Isso pode acontecer de forma surpreendentemente rápida, porque o uso frequente da internet pode realmente mudar o cérebro”.
Uma pesquisa recente realizada pela instituição com cerca de 5.000 pessoas em todo o Reino Unido descobriu que apenas 34 por cento das pessoas estavam satisfeitas em suas vidas sexuais.
Um em cada quatro homens disse que estavam insatisfeitos, em comparação com uma em cada cinco mulheres. E se a pesquisa da Universidade de New Brunswick servir como referência, esse número só tende a aumentar.
Com informações de Unb.ca